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TV pública banca 17 novas animações com R$ 5 milhões
TV Cultura exibe na terça os primeiros episódios; dois projetos vão virar série
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
A TV Cultura exibe, a partir
de segunda-feira, o resultado
da nova fase do projeto AnimaTV. Foram 257 projetos inscritos no ano passado, provenientes de 17 Estados. Dezessete deles tiveram episódios
montados e começam a ir ao ar
nas emissoras públicas.
Em março, dois deles serão
escolhidos para virar uma série
de animação. Cada produtora
independente vai receber R$
950 mil para fazer 12 episódios.
Para definir os vencedores,
serão feitas uma pesquisa
quantitativa pelo Ibope e outra
qualitativa, com crianças e educadores. Os projetos também
passarão por uma comissão julgadora, que terá a palavra final.
Os programas têm 11 minutos de duração e são voltados
para o público de seis a 14 anos.
Cada realizador recebeu R$ 110
mil para montar esse episódio
teste. O orçamento total do
AnimaTV é de R$ 5 milhões.
Na próxima segunda, vai ao
ar um making of das produções.
De terça a sábado, serão exibidos os pilotos (veja quadro ao
lado). Ao final da proposta, serão quase oito horas de programação inédita.
Anteontem, durante a cerimônia de lançamento da segunda fase do incentivo, a presidente da Associação Brasileira de Cinema de Animação,
Marta Machado, congratulou
"a aproximação entre a TV e as
produtoras independentes".
Paulo Markun, presidente da
TV Cultura, disse que "animação é indústria". "O Brasil tem
mão de obra e capacidade. O
que precisa é de trabalho coordenado. Nesse tipo de indústria, o que menos deve existir é
dono", afirmou, incentivando a
parceria com as produtoras independentes.
Os projetos incluem diferentes tipos de animação e narrativas. O humor está sempre presente, como em "Carrapatos e
Catapultas", de Almir Correia,
que fala sobre insetos que se
deslocam com catapultas e explodem de tanto comer. Ou em
"Scratch", de Frederico Otavio
Luz, em que baratas investigam
crimes no estilo dos seriados
investigativos americanos.
Há também personagens lúdicos como "Vivi Viravento", de
Alê Abreu, que fala de uma garota em busca de um lugar imaginário criado por sua avó, e "A
Princesa do Coração Gelado",
de Zuleika Esteves Escobar,
que tenta achar os elementos
para curar seu coração.
Interessante notar que as séries não abandonam o universo
atual infantojuvenil, tratando
de videogames, computadores
e até de uma espécie de Ben 10
em versão tupiniquim.
Quinze dos projetos não serão escolhidos para continuar.
Mas terão uma vantagem para
tentar uma parceria com TVs
comerciais ou acordos internacionais, já que todas as produtoras tiveram de montar uma
proposta comercial e desenvolver o roteiro para virar série.
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