São Paulo, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

"A Firma" enfoca organização judiciária

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Sei de advogados que não levam a sério John Grisham nem os filmes inspirados em seus livros, como "A Firma" (TC Action, 23h55; 12 anos), por julgarem que o escritor carrega na fantasia judiciária.
Deve ser. O fato é que "A Firma" retoma, no âmbito de um escritório de advocacia, um dos mais sólidos fantasmas da cultura americana: o da impossibilidade de abandonar determinada organização, uma vez tendo aderido a ela.
A adesão sempre traz vantagens, seja a uma gangue, a um sindicato ou até ao Partido Comunista (neste caso, a vantagem é mais imaginária, uma espécie de investimento futuro no poder).
O fato é que o indivíduo abdica de sua liberdade em favor do grupo, e isso é irreversível. Se sair, será liquidado.
O modelo é recorrente. A diferença é que, aqui, o jovem Tom Cruise (o filme é de 1993) se beneficia dos altos salários, mas em nenhum momento é colocado a par dos negócios escusos que, veremos, mobilizam o escritório. A direção é de Sydney Pollack.


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