São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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CRÍTICA COMÉDIA

"Dr. Fantástico" é documento eloquente de um temor de época

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Quando começamos a pensar que a destruição do homem viria do próprio homem? Talvez a partir da bomba atômica foi possível pensar que o apocalipse somos nós. Que o progresso técnico traria a catástrofe, desde que usado pelas pessoas erradas, isto é, qualquer um de nós.
"Dr. Fantástico" (TCM, 22h, 12 anos) trata o assunto como comédia. Comédia macabra, sem dúvida. Há algo de aborrecido nas comédias graves, mas este filme é exceção, porque até o fim do mundo ali parece engraçado.
Se, hoje, parece que o mundo não acabará pela bomba, "Dr. Fantástico" fica como eloquente documento do temor de uma época. Hoje o mundo desaba, mas sabemos que quando tudo der para trás a culpa será nossa.


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