São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA Peça descarta olhar provador sobre identidade em saga judaica CHRISTIANE RIERA CRÍTICA DA FOLHA Um ator exibe fotos de homens para a plateia e pergunta: "Esse aqui é judeu?". O público elabora respostas. Aquele com chapéu e cabelos longos junto às orelhas não é um judeu ortodoxo, mas um ator. O negro, além de judeu etíope, é um deputado israelense. Ao deslocar expectativas, o espetáculo "Bielski", com direção e dramaturgia de Antônio Rogério Toscano em colaboração com a Cia. Levante, começa com impacto. No entanto, o olhar provador sobre identidade judaica é logo descartado, cedendo lugar para um ponto de vista tradicional. Trata-se da história real de Túvia Bielski e seus irmãos, Asael e Zus, responsáveis pelo salvamento de mais de 1.200 judeus, ao criar um esconderijo na floresta de Belarus no final da Segunda Guerra. Os sobreviventes são retratados com seus desejos e os detalhes da rotina: a organização do trabalho e a divisão da parca comida. Apesar da constante movimentação cênica, essas lições de coletividade são encenadas com monotonia. O foco recai sobre o líder Túvia, com punhos cerrados, conduzindo seu povo em luta por sobrevivência através de um pântano, um pequeno "mar Vermelho", rumo à "Nova Jerusalém". Ao contrário da abertura, o resultado é inequívoco. Esta saga mítica é refeita com tanta transparência que ofusca o discernimento de mais consistência. BIELSKI QUANDO seg. e ter., às 21h; até 1º/3 ONDE Sesc Consolação (r. Dr. Vila Nova, 245, tel. 0/xx/11/ 3234-3000) QUANTO R$ 10 CLASSIFICAÇÃO 14 anos AVALIAÇÃO ruim Texto Anterior: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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