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Livro analisa gravuras no período joanino
DA REPORTAGEM LOCAL
Chega às livrarias na
próxima semana outro livro que aborda a construção da imagem do Brasil
no século 19. "A Imagem
Gravada", de Renata Santos, descreve a vinda da
gravura com os navios que
trouxeram a família real,
no fim de 1807. Prensas, tipos e prelos teriam vindo
na nau Medusa.
A doutoranda em história social da UFRJ mostra
que a técnica existia em
Portugal essencialmente
associada à tipografia, à
edição de livros -o que era
proibido no Brasil até a
chegada de dom João 6º.
O que predominou no
período joanino foi uma
concepção portuguesa de
gravura, para a difusão do
saber (botânica, conhecimentos científicos). Essa
gravura tinha raízes na
Oficina do Arco do Cego,
criada em Portugal no século 18 e extinta no início
do século 19, quando foi
incorporada à Impressão
Régia. Esta foi instituída
no Brasil em maio de 1808,
inaugurando a vida editorial no Brasil.
Foi com dom Pedro 1º
que a gravura adquiriu capacidade técnica semelhante à adotada na Europa, com a litografia. O imperador importou uma
prensa e convidou o suíço
Johann Jacob Steinmann
para fundar o Ateliê Litográfico dentro do Arquivo
Militar, em 1825. Isso fazia
parte de sua estratégia de
afirmar a imagem do país
como nação, logo após a
Independência. O foco da
produção, no entanto, ainda estava longe da criação
artística e privilegiava a
cartografia, com sentido
estratégico e militar.
(MS)
A IMAGEM GRAVADA
Autora: Renata Santos
Editora: Casa da Palavra
Quanto: R$ 62 (144 págs.)
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