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EM RECIFE
Festival abre com hc, punk, pop e gótico
DIEGO ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
Como se diz por aqui, a abertura do Abril pro Rock, na sexta, foi mesmo uma "misturança". Dos novatos da banda Os
Psicopatas aos veteranos do
Pato Fu, o público foi brindado
com uma boa dose de gótico,
hardcore, punk e pop.
Pela primeira vez no Nordeste, o The Mission inaugurou o
palco principal tocando com o
baterista Bacalhau, fã da banda.
No repertório, claro, a boa e velha "Severina", além de algumas faixas do CD mais recente
do grupo inglês, "Aura".
Na sequência, bloco brasiliense da noite, foi a vez de Prot(o) e Rodox se apresentarem.
Com o público aquecido pelo
punk-hardcore competente da
primeira, a banda de Rodolfo
não teve trabalho para contribuir para a suadeira juvenil.
Um tanto embolado, o som do
ex-Raimundo foi dos que mais
empolgaram a garotada.
"Novíssima geração"
Os Subversivos -que debutavam no festival- e a banda
sensação do Abril pro Rock do
ano passado, Textículos de
Mary, comprovaram que o
rock pernambucano continua
politizado até o último fio de
cabelo. O organizador do festival, Paulo André Pires, 34, sugeriu para eles o rótulo de "novíssima geração" do evento
(que revelou nomes como Chico Science e Nação Zumbi).
Por fim, o "chuchuruchu"
manjado do Pato Fu de Fernanda Takai. Uma das melhores bandas pop do mundo, como estampou a revista "Time"
um dia desses? Tem chão ainda... Mas, se foi para dar um
descanso a toda a pauleira da
noite, isso funcionou.
Até ontem, o último dia do
festival em Recife, passariam
pelos palcos do Abril pro Rock
mais 14 atrações, que incluem,
entre outros, os argentinos do
Ataque 77, Tom Zé, Sepultura,
Stephen Malkmus e os Charlatans -esses dois últimos também na edição paulistana do
festival, que começa hoje.
Este ano, o Abril pro Rock
completou dez anos e já pode
ser considerado um dos mais
importantes momentos da
música independente (ora nem
tanto) do país. Vida longa a ele
-e ao Porão do Rock, de Brasília, ao Goiânia Noise e a tantos outros.
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