São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Filipe Catto canta o despeito e a amargura

Dono de timbre raro, ele diz que repertório é vibrante, mas não "para cortar os pulsos"

RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Filipe Catto é algo raro na música brasileira, aliás mundial: um contratenor. O timbre talvez lembre Ney Matogrosso, mas se há outra semelhança entre os cantores é o quão heterodoxos são seus caminhos pela música.
Mais próximas do universo de Catto estão cantoras como Angela Ro Ro e Maria Bethânia, com suas canções e interpretações apaixonadas e dramáticas.
Gaúcho de 22 anos, morando há pouco tempo em São Paulo, Catto se apresenta hoje acompanhado de piano, baixo acústico e percussão no projeto Prata da Casa do Sesc Pompeia. No repertório, canções do EP "Saga", lançado ano passado.
É um repertório de tango, samba, crônicas da noite e da boemia, crimes passionais e emoções derramadas. São histórias cantadas com interpretação surpreendentemente segura, considerando a juventude de Catto.
"Já ouvi muita gente dizendo que eu deveria estar na música pop. Mas durante meu processo de autodescoberta percebi que o que me tocava era aquela coisa emocionante de interpretação e letra forte", diz ele.
Algo não muito distante do seu conterrâneo Lupicínio Rodrigues e a beleza de suas canções de dor de amor. Doloroso, talvez vingativo, mas sempre afirmativo. "Minhas músicas não são tristes".
"Quero que sejam vibrantes, corajosas. São histórias de despeito e amargura, mas não para cortar os pulsos.
Gosto da música como uma vitória."


FILIPE CATTO

QUANDO Hoje, às 21h
ONDE Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/3871-7700)
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO livre



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