São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2010

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Após Copa, Uruguai fica pop também nas artes

País do melhor jogador do Mundial vê surgirem novos talentos no cinema

Filmes obtêm verba no exterior e vitrine de grandes festivais, enquanto biografia de Forlán é êxito editorial

DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MONTEVIDÉU

De lanterninha da Copa a berço do melhor jogador de futebol do Mundial, o Uruguai conquista terreno e entra em circuitos pop também fora das quatro linhas.
A começar pelo próprio Diego Forlán. O atacante da Celeste acaba de ter a terceira edição de sua autobiografia lançada no mercado local. O livro integrou a lista dos dez títulos de não ficção mais vendidos da Espanha.
No território audiovisual, o Uruguai vem igualmente acumulando gols.
Depois de chamar a atenção de festivais internacionais com filmes como "Whisky" (2004, de Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella), o país figura neste ano, e em dose dupla, na lista de agraciados do fundo Hubert Bals, ligado ao festival de Roterdã.
As produções escolhidas são "Tanta Agua", de Ana Guevara e Leticia Jorge, e "Solo", de Guillermo Rocamora, diretores estreantes em longas-metragens.
Por sua vez, Stoll trabalha atualmente em "Tres", filme coproduzido com Argentina e Alemanha e que começa a ser rodado em dois meses.
Mais conhecido entre os seguidores do cinema argentino, o uruguaio Daniel Hendler (protagonista de "O Abraço Partido", de Daniel Burman) também ingressa na direção de longas com "Norberto Apenas Tarde".
O filme tem produção executiva de Pablo Trapero e ganha exibição no festival de Locarno no mês que vem.
Por fim, Martín Sastre, videoartista com passagem pelas bienais de Veneza, Havana e São Paulo, mostrou seu primeiro longa no rio da Prata (e fará o mesmo em setembro, na Espanha).
Trata-se de "Miss Tacuarembó", fábula bem-humorada e cheia de surpresas, com participação da almodovariana Rossy de Palma.

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Muitos destaques da nova geração de cineastas vêm da publicidade, atraente para o mercado nacional e estrangeiro por conta da facilidade logística, em razão do território diminuto, da diversidade de paisagens e tipos humanos e da competitividade no custo da mão de obra.
Em 2009, o setor representou 0,43% do PIB, contribuição superior à de indústrias tradicionais, como as de vinhos e vestimentas, segundo a Associação Uruguaia de Agências de Publicidade.


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