São Paulo, terça, 22 de julho de 1997.



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VERSACE
Suspeito penhorou moeda 8 dias antes do assassinato
Polícia foi avisada, afirma funcionária

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
de Nova York

As críticas que o FBI (Federal Bureau of Investigation) tem recebido aumentaram ontem após a denúncia de Vivian Oliva, funcionária de uma loja de penhora de Miami, que diz ter avisado a polícia da presença de Andrew Cunanan na cidade oito dias antes do assassinato de Gianni Versace. Suspeito de ter matado o estilista italiano, Cunanan fazia parte da lista dos dez mais procurados pelo FBI desde 12 de junho, sob acusação de ser um serial killer.
Oliva contou à Folha, por telefone, que recebeu a visita de Cunanan em 7 de julho. "Ele penhorou uma moeda de ouro", explicou. De acordo com a funcionária, que diz ter dado US$ 190 ao suspeito pela moeda, ela enviou um recibo da compra à polícia, com o nome de Cunanan, no dia seguinte.
"Se já era um dos dez mais pro curados, não sei por que ninguém fez nada. Só percebi quem realmente era quando houve o assassinato do Versace." Procurados pela Folha, representantes da polícia e do FBI se negaram a comentar as afirmações da funcionária.
"Foi tudo muito tranquilo. Pedi sua identidade, ele me mostrou o passaporte e então eu disse que ele teria de voltar antes dos três meses, se quisesse a moeda de volta." A resposta de Cunanan? "Ele falou que em menos de um mês eu o veria de volta", contou Oliva. O FBI afirma que o suspeito continua na Flórida e que talvez esteja usando um carro roubado de um apresentador de rádio dos EUA. Madonna
A cantora Madonna fez uma homenagem a Versace -elogiou sua generosidade, capacidade de tra balho e bom gosto. "Os Versace realmente sabem como viver", disse à revista "Time".



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