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LIVRO
Crônicas de Aldir Blanc para o "Pasquim" voltam em um volume
DA SUCURSAL DO RIO
Mais conhecido como
compositor, Aldir Blanc começou a fazer história como
cronista nos anos 70, quando
escrevia no "Pasquim". Fora
de catálogo há mais de 20
anos e bem cotados nos sebos, "Rua dos Artistas e Arredores" (78) e "Porta de Tinturaria" (81), reuniões daquelas crônicas, voltam às livrarias em um só volume.
O lançamento de "Rua dos
Artistas e Transversais"
-que traz 14 textos recentes- é hoje, às 20h, no Centro Cultural Carioca, no centro do Rio, com show da cantora Vera Mello dedicado à
obra de Blanc e canja do próprio. "Reli todos os textos, e
eles são muito mais ásperos
do que pareciam na minha
memória. Mesmo o lirismo é
uma coisa debochada, bem
escrota. Fiquei muito feliz
com isso", diz Blanc, que
completa 60 anos no próximo dia 2.
Ele já tinha sucessos musicais em parceria com João
Bosco quando estreou no
"Pasquim", em dezembro de
1975 -a crônica se chamou
"Fimose de Natal". Era "o caçula do grupo" em meio a
Ivan Lessa, Jaguar, Ziraldo e
outros nomes então mais famosos do que o dele.
Criou uma marca ao usar
personagens reais para comentar os fatos do momento
-apesar dos dribles, muitas
crônicas enfrentaram problemas com a Censura do regime militar. Seus pais, avós,
tios e pessoas que moraram
na rua dos Artistas (em Vila
Isabel, zona norte do Rio)
quando ele era criança, nos
anos 50, aparecem em situações freqüentemente absurdas -e hilariantes.
"O único personagem que
inventei foi o Penteado, o
"tremendo gozador", que costumava concluir as histórias
com alguma frase." Dentre
os personagens estão Esmeraldo Simpatia-É-Quase-Amor. Seu "sobrenome" batiza um dos blocos de Carnaval mais populares do Rio.
RUA DOS ARTISTAS E
TRANSVERSAIS
Autor: Aldir Blanc
Editora: Agir
Quanto: R$ 50 (430 págs.)
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