São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2008

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Televisão/Crítica

Filme adota velha fórmula do cinema espanhol

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se há uma coisa incapaz de me comover, seduzir ou entusiasmar nos filmes de Guillermo del Toro é essa mistura de política com fábula fantástica que se manifesta, por exemplo, em "A Espinha do Diabo" (TC Cult, 20h; não recomendado para menores de 18 anos), em que, para não fugir a uma regra que só agora o cinema espanhol começa a abandonar, as coisas se passam na Guerra Civil (no caso, menino em orfanato tem visões estranhas).
Ao mesmo tempo, a insistência num tipo de personagem fantástico é intrigante: são sempre parecidos com fetos, como se a incompletude fosse sua marca e, em decorrência, marca do humano. A feiúra é uma característica dessas figuras, que evocam certos quadros surrealistas, também feios.
Se é para ficar nesse registro, uma opção ainda muito interessante é "Viagem Insólita" (HBO Family, 22h30; não recomendado para menores de 14 anos), de Joe Dante. Um filme à altura do título, já que é de uma viagem pelo interior do corpo humano que ali se trata.


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