São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA DRAMA

"Testemunha de Acusação" tem ricas astúcias de Billy Wilder

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Testemunha de Acusação" (TCM, 2h, 12 anos) é um filme de tribunal quase como os outros, isto é, em que a corte é um lugar de busca e o julgamento um ritual de encontro da verdade.
A cada filme do gênero, a instituição se afirma. Mas, ao se afirmar, mostra até que ponto é periclitante, o quanto a verdade se oculta, as pessoas mentem etc.
"Testemunha" impressiona pelo número de reviravoltas. E, também, por dois dispositivos. O primeiro é a cadeirinha elétrica que leva o advogado Charles Laughton de um andar para outro de seu escritório e pela qual ele afirma superioridade, fingindo fragilidade física.
O outro são os óculos de Laughton, ou antes, o reflexo com que cega o interlocutor e se coloca em situação de saber se ele mente. Ricas astúcias de Billy Wilder.


Texto Anterior: Na estreia, "Boardwalk Empire" exibe potencial para marcar época
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.