|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRÍTICA
Geração regurgita reciclagens
DA REDAÇÃO
À parte as qualidades de
"Sha Sha", Ben Kweller chama mais a atenção para o fato de
ter 21 anos e abrir para o Strokes.
E, nesse ponto, repete os mesmos
erros e acertos da geração musical
de 20 poucos anos da qual faz parte (The Hives, The Vines etc.).
Como essas bandas, ele reverencia idéias e nomes do passado e as
adota como leme. Basta olharmos
sua biografia para captarmos o espírito: aos oito tocava Beatles e
aos 16 imitava os grunges.
Agora busca referências nem
tão antigas, correndo o risco de
soar datado com um som que começa a ganhar ares de velha geração (Pavement, Weezer). Ou seja,
é o garoto que absorveu tudo
quanto é influência, um "nerd"
musical. E dá prosseguimento ao
ritmo incessante da indústria do
rock, que regurgita reciclagens.
Merece aplauso por usar sabiamente tal caleidoscópio musical.
Surgem então pequenas surpresas e ecos de Velvet Underground
("How It Should Be (Sha Sha)"),
Bob Dylan ("Family Tree"), Elton
John (In Other Others") e o já citado Pavement ("Harriet's Got a
Song"). Elementos novos são saudáveis para a perpetuação da espécie, mas, se o seu negócio é fechar os olhos e fingir que está em
95, eis um prato cheio.
(BYS)
Sha Sha
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 25, em média
Texto Anterior: "Sha Sha": Ben Kweller, menino prodígio do pop, abraça a carreira solo Próximo Texto: Música: Especiais comemoram 60 anos de Milton Índice
|