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OUTRA FREQUÊNCIA
Nos EUA, rádio ganha de CD e celular, no carro
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O rádio ainda é o acessório
preferido de motoristas e
passageiros de carro, levando
vantagem em relação ao CD player e ao aparelho celular. A constatação foi feita por uma detalhada pesquisa norte-americana sobre os hábitos daqueles que passam horas e horas no trânsito.
Segundo o levantamento (realizado pela Arbitron e pela Edison
Media Research), a audiência de
rádio nos carros vem crescendo
nos últimos cinco anos e hoje já
representa 34% do total de ouvintes nos Estados Unidos -na
Grande São Paulo, segundo o Ibope, gira em torno de 8%.
Em média, os norte-americanos
passam mais de 15 horas por semana dentro de seus veículos. E o
tempo de "clausura" dos dias de
semana é praticamente igual ao
do sábado e do domingo.
A pesquisa revelou que o rádio
foi usado por 96% dos motoristas
e passageiros no último mês. Desse número, 75% declarou utilizar
mais o rádio do que CD e celular
(lá, o celular é liberado a motoristas em algumas cidades).
Aos entrevistados foi perguntado: "Se tivesse de escolher apenas
um aparelho para seu carro, qual
escolheria?". Rádio foi a resposta
de 69%, CD player ficou com 16%
e o celular, com 8%. O veículo só
perde força dentre pessoas de 12 a
24 anos. Nessa faixa, 49% escolheriam o rádio, e 34% ficariam preferencialmente com o CD.
O estudo tem um outro lado interessante: demonstra a influência
do rádio nas compras feitas no caminho do trabalho para casa.
Mais de 50% dos pesquisados
afirmaram fazer paradas em mercearias, lojas de conveniência ou
supermercados nesse percurso. E
dois em cada cinco disseram não
planejar as paradas, mas optar pela compra enquanto estão no carro. Dentre os consumidores, 48%
já decidiram parar o carro a fim
de comprar um produto após ouvir anúncio sobre ele no rádio.
Os homens são os que mais se
decidem pelas compras de última
hora na volta do trabalho para casa: 45% são adeptos dessa prática.
E eles são 31% mais suscetíveis à
influência da propaganda no rádio do que as mulheres.
Já são dados mais que suficientes para, no mínimo, questionar a
máxima de que o horário nobre
do rádio é apenas pela manhã.
Responsável pelo estudo, a Arbitron é parceira do Ibope em testes
de medição de audiência. A empresa norte-americana forneceu
ao instituto brasileiro um "pager"
que registra as estações de rádio
ouvidas por seu portador e o tempo em que ele ficou exposto a elas.
O medidor ambulante de audiência está sendo testado no Brasil.
laura@folhasp.com.br
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