São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2004

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FILMES

Elvira, a Rainha das Trevas
Globo, 15h30.
 
(Elvira, Mistress of the Dark). EUA, 1988, 96 min. Direção: James Signorelli. Com Cassandra Peterson, Jeff Conaway. Elvira é uma apresentadora de filmes de horror na TV que recebe uma herança.

O Exorcista
SBT, 22h30.
   
(The Exorcist). EUA, 1973, 110 min. Direção: William Friedkin. Com Ellen Burstyn, Linda Blair, Max von Sydow. Atriz começa a perceber um comportamento estranho e assustador em sua filha de 12 anos. Descobre que a menina está possuída por um demônio e vai buscar a ajuda de um padre.

A Guerra Cruel
Bandeirantes, 2h15.
 
(Platoon Leader). EUA, 1988, 97 min. Direção: Aaron Norris. Com Michael Dudikoff. Tenente saído da academia de West Point tem de se impor a seus comandados no Vietnã.

Intercine
Globo, 1h40.

O espectador pode optar entre "Loverboy - Garoto de Programa" (1989, de Joan Micklin Silver, com Patrick Dempsey) e "Um Amor Assassino" (1993, de John Madden, com Matt Dillon).

Invasores do Espaço
SBT, 3h.
 
(Spaced Invaders). EUA, 1989, 102 min. Direção: Patrick Read Johnson. Com Douglas Barr, Royal Dano. Mais uma invasão alienígena na Terra, agora produzida pela Disney. Nada a dizer.

Henry e June - Delírios Eróticos
Globo, 3h25.
  
(Henry and June). EUA, 1990, 136 min. Direção: Philip Kaufman. Com Fred Ward, Uma Thurman. Em Paris, anos 30, as relações entre o escritor Henry Miller, a escritora Anaïs Nin e respectivos maridos e mulheres. (IA)

O partidarismo de Moore

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Michael Moore é o maior sucesso no Brasil, e não se sabe se por seus méritos ou pelo ódio que os espectadores de cinema costumam devotar ao presidente Bush, de quem Moore é inimigo jurado.
"Tiros em Columbine" (HBO, 23h45) revela-o em outro front, o das armas de fogo. Seu estilo é aquele mesmo, do tipo deixa que eu chuto. Ao longo de entrevistas, invasões de domicílio e que tais, Moore vai armando mais um ensaio do que propriamente um documentário. O comando vem de sua palavra, de suas crenças, de seu partido. Não existe nem sequer a tentativa de mostrar-se neutro.
O que pode, aliás, ser um mérito: ao menos sabemos com quem lidamos. E, como dizia Francis Ponge, poeta maior do século passado, não tomar partido já é tomar um, o pior.

DOCUMENTÁRIO

Especial vê mundo inexistente de Escher

ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL

"É um bom artista gráfico, mas lhe falta o temperamento artístico certo. Seu trabalho é cerebral demais. Não é nem emocional nem lírico o suficiente." Foi esse o parecer de um professor de Maurits Cornelius Escher (1898-1970), ao terminar seus estudos na Escola de Arquitetura e Artes de Decoração de Haarlem, na Holanda, em 1922. É uma das histórias contadas no documentário "Metamorphose", produzido em 1998, que parte de uma gravura homônima de Escher para falar da obsessão pelo trabalho que nutria.
Em 1922, o artista holandês experimentava a possibilidade de desenhar em vários estilos, e seus traços mudam radicalmente de papel para papel. Com o parecer do professor e um "não" de uma namorada, Escher se muda para o sul da Itália. "Tenho pena de vocês, povo do norte", escreve a um amigo na Holanda.
A vertiginosa disposição das cidades italianas da costa amalfitana e da paisagem daquele país enche o artista de inspiração, e ele se entrega ao registro do que o cercava. Foi ali também que conheceu sua mulher, Jetta. Quando se casaram, foram morar em Roma, onde Escher fez seu primeiro jogo de divisão regular de planos, que iria, décadas depois, torná-lo conhecido em todo o mundo.
Para ele, a arquitetura de Roma não significava "nada", e seu interesse estava concentrado na influência muçulmana, a mesma que o atraía em Granada, na Espanha, onde os padrões caleidoscópicos das construções mouriscas de Alhambra lhe deram, dois meses antes de a guerra civil estourar naquele país, o estalo para intensificar a pesquisa sobre a sua produção mais conhecida hoje.
"Somos conscientes das formas que nos cercam. E elas só têm significado se as reconhecemos como símbolos claros de pessoas, animais e coisas que temos à nossa volta. Fragmentos caprichosos de figuras geométricas abstratas têm pouco significado para mim", diz Escher.


METAMORPHOSE. Quando: amanhã, às 23h, na Rede SescSenac.


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