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FILMES
Elvira, a Rainha das Trevas
Globo, 15h30.
(Elvira, Mistress of the Dark). EUA, 1988,
96 min. Direção: James Signorelli. Com
Cassandra Peterson, Jeff Conaway. Elvira
é uma apresentadora de filmes de horror
na TV que recebe uma herança.
O Exorcista
SBT, 22h30.
(The Exorcist). EUA, 1973, 110 min.
Direção: William Friedkin. Com Ellen
Burstyn, Linda Blair, Max von Sydow.
Atriz começa a perceber um
comportamento estranho e assustador
em sua filha de 12 anos. Descobre que a
menina está possuída por um demônio e
vai buscar a ajuda de um padre.
A Guerra Cruel
Bandeirantes, 2h15.
(Platoon Leader). EUA, 1988, 97 min.
Direção: Aaron Norris. Com Michael
Dudikoff. Tenente saído da academia de
West Point tem de se impor a seus
comandados no Vietnã.
Intercine
Globo, 1h40.
O espectador pode optar entre
"Loverboy - Garoto de Programa" (1989,
de Joan Micklin Silver, com Patrick
Dempsey) e "Um Amor Assassino" (1993,
de John Madden, com Matt Dillon).
Invasores do Espaço
SBT, 3h.
(Spaced Invaders). EUA, 1989, 102 min.
Direção: Patrick Read Johnson. Com
Douglas Barr, Royal Dano. Mais uma
invasão alienígena na Terra, agora
produzida pela Disney. Nada a dizer.
Henry e June - Delírios Eróticos
Globo, 3h25.
(Henry and June). EUA, 1990, 136 min.
Direção: Philip Kaufman. Com Fred Ward,
Uma Thurman. Em Paris, anos 30, as
relações entre o escritor Henry Miller, a
escritora Anaïs Nin e respectivos maridos
e mulheres.
(IA)
O partidarismo de Moore
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Michael Moore é o maior
sucesso no Brasil, e não se
sabe se por seus méritos ou
pelo ódio que os espectadores de cinema costumam
devotar ao presidente Bush,
de quem Moore é inimigo
jurado.
"Tiros em Columbine"
(HBO, 23h45) revela-o em
outro front, o das armas de
fogo. Seu estilo é aquele
mesmo, do tipo deixa que
eu chuto. Ao longo de entrevistas, invasões de domicílio e que tais, Moore vai
armando mais um ensaio
do que propriamente um
documentário. O comando
vem de sua palavra, de suas
crenças, de seu partido. Não
existe nem sequer a tentativa de mostrar-se neutro.
O que pode, aliás, ser um
mérito: ao menos sabemos
com quem lidamos. E, como dizia Francis Ponge,
poeta maior do século passado, não tomar partido já é
tomar um, o pior.
DOCUMENTÁRIO
Especial vê mundo inexistente de Escher
ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL
"É um bom artista gráfico, mas
lhe falta o temperamento artístico
certo. Seu trabalho é cerebral demais. Não é nem emocional nem
lírico o suficiente." Foi esse o parecer de um professor de Maurits
Cornelius Escher (1898-1970), ao
terminar seus estudos na Escola
de Arquitetura e Artes de Decoração de Haarlem, na Holanda, em
1922. É uma das histórias contadas no documentário "Metamorphose", produzido em 1998, que
parte de uma gravura homônima
de Escher para falar da obsessão
pelo trabalho que nutria.
Em 1922, o artista holandês experimentava a possibilidade de
desenhar em vários estilos, e seus
traços mudam radicalmente de
papel para papel. Com o parecer
do professor e um "não" de uma
namorada, Escher se muda para o
sul da Itália. "Tenho pena de vocês, povo do norte", escreve a um
amigo na Holanda.
A vertiginosa disposição das cidades italianas da costa amalfitana e da paisagem daquele país enche o artista de inspiração, e ele se
entrega ao registro do que o cercava. Foi ali também que conheceu sua mulher, Jetta. Quando se
casaram, foram morar em Roma,
onde Escher fez seu primeiro jogo
de divisão regular de planos, que
iria, décadas depois, torná-lo conhecido em todo o mundo.
Para ele, a arquitetura de Roma
não significava "nada", e seu interesse estava concentrado na influência muçulmana, a mesma
que o atraía em Granada, na Espanha, onde os padrões caleidoscópicos das construções mouriscas
de Alhambra lhe deram, dois meses antes de a guerra civil estourar
naquele país, o estalo para intensificar a pesquisa sobre a sua produção mais conhecida hoje.
"Somos conscientes das formas
que nos cercam. E elas só têm significado se as reconhecemos como símbolos claros de pessoas,
animais e coisas que temos à nossa volta. Fragmentos caprichosos
de figuras geométricas abstratas
têm pouco significado para
mim", diz Escher.
METAMORPHOSE. Quando: amanhã, às
23h, na Rede SescSenac.
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