São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

MIB - Homens de Preto
Globo, 15h40.
   
(Men in Black). EUA, 1997. Direção: Barry Sonnenfeld. Com Will Smith, Tommy Lee Jones, Linda Fiorentino. Os homens do título são membros de uma organização secretíssima, especializada em caçar alienígenas. Sem ser um grande filme, "Homens de Preto" tem a virtude de não levar a sério essa história de alienígenas, e olhar com ironia para a crença quase mística que o cinema desenvolve em torno do tema.

Refém do Silêncio
Globo, 22h.
 
(Don't Say a Word). EUA, 2001, 110 min. Direção: Gary Fleder. Com Michael Douglas, Sean Bean, Britany Murphy. Criminoso seqüestra a filha de um terapeuta e exige, para libertá-la, que ele revele segredo só conhecido por uma paciente dele. O problema é que a moça está catatônica. Inédito.

Intercine
Globo, 2h10.

Abre a semana o escolhido pelos espectadores-votantes entre "Orfeu" (1999, de Carlos Diegues, com Toni Garrido, Patricia França) e "Bela Donna" (1998, de Fabio Barreto, com Natasha Henstridge, Eduardo Moscovis). Durante a semana, para votar no primeiro filme, liga-se 0800.70.9011; o número para votar no segundo filme é 0800.70.9012.

A Máquina do Outro Mundo
SBT, 2h35.
 
(My Science Project). EUA, 1985, 94 min. Direção: Jonathan Beteul. Com John Stockwell, Danielle Von Zerneck. Jovens colegiais às voltas com engenhocas que produzem viagens no tempo e no espaço. Más referências, a não ser por Dennis Hopper como um professor de ciências hippie. Só para São Paulo.

Loucademia de Esqui
Globo, 4h10.
 
(Ski School). EUA, 1990, 88 min. Direção: Damian Lee. Com Dean Cameron, Tom Breznahan. Na linha de outras loucademias: tombos, sexo e inépcia.

Uma Troca Muito Louca
SBT, 4h15.
 
(Hero in the Family). EUA, 1986, 95 min. Direção: Mel Damski. Com Christopher Collet, Clyff de Young, Annabeth Gish. Ao tocar em um raro cristal, em pleno espaço, o melhor astronauta da Nasa tem seu cérebro trocado com o de um macaco. Seu filho lutará para trazê-lo de volta, à Terra e à espécie humana. Disney. Só para São Paulo. (IA)

Exterminador na hora da fé

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É estranho, hoje, rever "O Exterminador do Futuro" (MGM, 22h), com todas as suas ressonâncias bíblicas.
Estávamos em 1984 e, naquele tempo, Deus estava morto. De maneira que a intriga em torno de um messias destinado a salvar-nos de um futuro negro parecia quase um pretexto.
De lá para cá, Deus ressuscitou e virou moda. Está no Oriente Médio, entre judeus e muçulmanos, está no Brasil, entre crentes e católicos. Está com Bin Laden, sabe Deus onde, e controla os EUA, pelas mãos de Bush.
Deus move as mãos que matam e, ao mesmo tempo, aquelas que proíbem todo e qualquer aborto. Tornou-se, enfim, todo poderoso.
Talvez, então, deva-se pensar que o futuro está garantido? Ou será que o homem perdeu a batalha da existência?

SÉRIE

"Playmakers" "demoniza" futebol americano

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Chocar. Esse é o objetivo de "Playmakers", série que estréia hoje na Fox. Utilizando como pano de fundo o cotidiano de um time de futebol americano, o seriado se propõe a mostrar, de maneira que beira o exagero, os bastidores de um esporte cuja ligação -equivocada- com a violência é feita quase que automaticamente por quem não o conhece.
Não à toa os 11 episódios do seriado causaram polêmica nos EUA, despertando a ira da liga profissional de futebol americano, a NFL, que lutou pelo cancelamento do programa.
As primeiras cenas já deixam claro o propósito dos criadores de "Playmakers": uma jogada que deixa um atleta paralítico, no hospital. Corta a cena. A imagem acompanha outro jogador, que acaba de se recuperar de uma cirurgia no joelho -explicitada pelo corte extenso e profundo que é destacado pela imagem, enquanto uma agulha penetra a pele para uma aplicação de analgésicos.
Para os aficionados pelo esporte, a série parecerá exagerada. Além de conter alguns erros de tradução, a legenda insiste em chamar os corredores atacantes (running back) de zagueiros. Para os que nem sabem que a bola deste jogo é oval, a impressão deixada é a de um mundo promíscuo e sem razão de existir.
As poucas imagens de jogo e a idéia de desglamourizar o que acontece antes e depois dos brutamontes entrarem em campo lembram a visão que Oliver Stone empregou no filme "Um Domingo Qualquer". A série usa os mesmos clichês. Há o veterano que, antes de se machucar, era a estrela do time, mas que agora vive o ocaso da carreira. Está lá o novato em ascensão, que é o craque-problema, mas que tem as costas quentes porque é apoiado pelo dono do time (que só pensa no dinheiro, claro). Há ainda o técnico durão e ao mesmo tempo boa praça.
"Playmakers" cumpre o seu objetivo de chocar a quem assiste, mas decepciona quem espera algo mais do que apenas jogadores sem cérebro se drogando.


PLAYMAKERS. Quando: hoje, às 22h, no canal pago Fox


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: Televisão - Daniel Castro: ‘TV Pirata’ abre 40 anos da Globo em DVD
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.