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FILMES
MIB - Homens de Preto
Globo, 15h40.
(Men in Black). EUA, 1997. Direção: Barry
Sonnenfeld. Com Will Smith, Tommy Lee
Jones, Linda Fiorentino. Os homens do
título são membros de uma organização
secretíssima, especializada em caçar
alienígenas. Sem ser um grande filme,
"Homens de Preto" tem a virtude de não
levar a sério essa história de alienígenas,
e olhar com ironia para a crença quase
mística que o cinema desenvolve em
torno do tema.
Refém do Silêncio
Globo, 22h.
(Don't Say a Word). EUA, 2001, 110 min.
Direção: Gary Fleder. Com Michael
Douglas, Sean Bean, Britany Murphy.
Criminoso seqüestra a filha de um
terapeuta e exige, para libertá-la, que ele
revele segredo só conhecido por uma
paciente dele. O problema é que a moça
está catatônica. Inédito.
Intercine
Globo, 2h10.
Abre a semana o escolhido pelos
espectadores-votantes entre "Orfeu"
(1999, de Carlos Diegues, com Toni
Garrido, Patricia França) e "Bela Donna"
(1998, de Fabio Barreto, com Natasha
Henstridge, Eduardo Moscovis). Durante
a semana, para votar no primeiro filme,
liga-se 0800.70.9011; o número para
votar no segundo filme é 0800.70.9012.
A Máquina do Outro Mundo
SBT, 2h35.
(My Science Project). EUA, 1985, 94 min.
Direção: Jonathan Beteul. Com John
Stockwell, Danielle Von Zerneck. Jovens
colegiais às voltas com engenhocas que
produzem viagens no tempo e no
espaço. Más referências, a não ser por
Dennis Hopper como um professor de
ciências hippie. Só para São Paulo.
Loucademia de Esqui
Globo, 4h10.
(Ski School). EUA, 1990, 88 min. Direção:
Damian Lee. Com Dean Cameron, Tom
Breznahan. Na linha de outras
loucademias: tombos, sexo e inépcia.
Uma Troca Muito Louca
SBT, 4h15.
(Hero in the Family). EUA, 1986, 95 min.
Direção: Mel Damski. Com Christopher
Collet, Clyff de Young, Annabeth Gish. Ao
tocar em um raro cristal, em pleno
espaço, o melhor astronauta da Nasa
tem seu cérebro trocado com o de um
macaco. Seu filho lutará para trazê-lo de
volta, à Terra e à espécie humana.
Disney. Só para São Paulo.
(IA)
Exterminador na hora da fé
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É estranho, hoje, rever "O
Exterminador do Futuro"
(MGM, 22h), com todas as
suas ressonâncias bíblicas.
Estávamos em 1984 e, naquele tempo, Deus estava
morto. De maneira que a
intriga em torno de um
messias destinado a salvar-nos de um futuro negro parecia quase um pretexto.
De lá para cá, Deus ressuscitou e virou moda. Está
no Oriente Médio, entre judeus e muçulmanos, está
no Brasil, entre crentes e católicos. Está com Bin Laden,
sabe Deus onde, e controla
os EUA, pelas mãos de
Bush.
Deus move as mãos que
matam e, ao mesmo tempo,
aquelas que proíbem todo e
qualquer aborto. Tornou-se, enfim, todo poderoso.
Talvez, então, deva-se
pensar que o futuro está garantido? Ou será que o homem perdeu a batalha da
existência?
SÉRIE
"Playmakers" "demoniza" futebol americano
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Chocar. Esse é o objetivo de
"Playmakers", série que estréia
hoje na Fox. Utilizando como pano de fundo o cotidiano de um time de futebol americano, o seriado se propõe a mostrar, de maneira que beira o exagero, os bastidores de um esporte cuja ligação
-equivocada- com a violência
é feita quase que automaticamente por quem não o conhece.
Não à toa os 11 episódios do seriado causaram polêmica nos
EUA, despertando a ira da liga
profissional de futebol americano, a NFL, que lutou pelo cancelamento do programa.
As primeiras cenas já deixam
claro o propósito dos criadores de
"Playmakers": uma jogada que
deixa um atleta paralítico, no hospital. Corta a cena. A imagem
acompanha outro jogador, que
acaba de se recuperar de uma cirurgia no joelho -explicitada pelo corte extenso e profundo que é
destacado pela imagem, enquanto uma agulha penetra a pele para
uma aplicação de analgésicos.
Para os aficionados pelo esporte, a série parecerá exagerada.
Além de conter alguns erros de
tradução, a legenda insiste em
chamar os corredores atacantes
(running back) de zagueiros. Para
os que nem sabem que a bola deste jogo é oval, a impressão deixada é a de um mundo promíscuo e
sem razão de existir.
As poucas imagens de jogo e a
idéia de desglamourizar o que
acontece antes e depois dos brutamontes entrarem em campo lembram a visão que Oliver Stone
empregou no filme "Um Domingo Qualquer". A série usa os mesmos clichês. Há o veterano que,
antes de se machucar, era a estrela
do time, mas que agora vive o ocaso da carreira. Está lá o novato em
ascensão, que é o craque-problema, mas que tem as costas quentes porque é apoiado pelo dono
do time (que só pensa no dinheiro, claro). Há ainda o técnico durão e ao mesmo tempo boa praça.
"Playmakers" cumpre o seu objetivo de chocar a quem assiste,
mas decepciona quem espera algo
mais do que apenas jogadores
sem cérebro se drogando.
PLAYMAKERS. Quando: hoje, às 22h, no
canal pago Fox
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