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DANÇA
Coreógrafa cria espaço com três salas que será, além de sede da cia., local para o ensino de atividades e oficinas
Colker inaugura centro em casarão do Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Um casarão de 1890 se transforma hoje à noite num centro de
dança contemporânea. A casa onde morou o pintor Victor Meirelles (1832-1903), na Glória (zona
sul do Rio), passou os últimos 11
meses em reforma para abrigar o
Centro de Movimento Deborah
Colker, maior salto dado pela coreógrafa desde que, em 1993, ela
criou sua companhia, uma das
mais importantes do país.
Foi investido R$ 1,4 milhão na
obra, que fez dos 1.400 metros
quadrados uma escola de dança.
Na primeira das três casas que
compõem o espaço, ficam salas de
aula, café, biblioteca e videoteca.
A segunda abriga a estrutura da
Cia. Deborah Colker, da administração aos figurinos. E na terceira
ensaiam os 17 bailarinos da trupe,
tendo lugares fixos a parede de alpinismo de "Velox" e a roda-gigante de "Rota", espetáculos mais
conhecidos de Colker.
As propostas da coreógrafa para
a escola fazem dela mais do que a
sede de sua companhia. Haverá,
para quem se inscrever, cursos,
oficinas e outras iniciativas. "Estou trazendo para a casa todas as
atividades que têm ligação com a
dança, como teatro, música, artes
plásticas, arquitetura. Além de
aulas de filosofia e anatomia. A
companhia estará mais aberta em
todos os sentidos", afirma Colker.
À frente de 75 funcionários
-bem mais do que os 35 que a
companhia tinha até o mês passado-, Colker diz querer que seu
Centro de Movimento aja em três
níveis, sendo que só um deles é a
dança profissional. "Quero que
também seja um lugar de lazer,
entretenimento, e para pessoas
preocupadas com a saúde."
Depois de 11 anos, a própria coreógrafa voltará a dar aulas. Já em
dezembro ela começará a orientar
interessados. Em janeiro, os ensaios do próximo espetáculo da
cia. serão abertos a profissionais
de fora do grupo. "Nó" será preparado até abril, quando será encenado em São Paulo, partindo
em maio para a Alemanha.
Colker acertou intercâmbios de
professores e bailarinos entre sua
escola e o Studio 3 Espaço de Dança (SP). Ela pretende fazer o mesmo com centros internacionais
como o Barbican, de Londres.
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