São Paulo, Quarta-feira, 22 de Dezembro de 1999


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Brasileiros não surpreendem

do enviado a Porto Alegre

A participação brasileira deixou a desejar na bienal. Exceção feita à obra de artistas como Tunga, Regina Silveira, Nelson Felix e Marco Gianotti, a mostra pouco oferece de entusiasmante.
Arthur Omar, por exemplo, dilui a força de sua série "Antropologia da Face Gloriosa" ao apresentar um redundante painel de retratos coloridos como uma releitura de "Guernica".
Já o pernambucano Flávio Emanuel se viu prejudicado não pela qualidade de seu trabalho, a instalação "Teleguiados", mas pela maneira descontextualizada com que alguns de seus fragmentos foram apresentados.
As boas surpresas do evento estão por conta de Arnaldo Antunes, que apresenta a escultura "Infinitozinho", formada pelas letras da palavra empilhadas, uma bela idéia para uma poética escultura pública. Parece até uma versão contemporânea da escultura "Coluna sem Fim", de Brancusi.
Sandra Cinto também avança em suas pesquisas ao apresentar o ambiente "A Tentativa do Impossível". Nela, Cinto abdica do desenho e opta por montagens fotográficas em que intercala imagens de seu corpo com imagens de móveis e objetos. Lúcia Koch também cativa com um ambiente, "O Gabinete", em que utiliza a incidência da luz do sol sobre vidros coloridos para criar uma sala em que cor e luz se apresentam em constante transformação.
A surpresa maior é o baiano Marepe, que abdicou da revisitação à tradição popular de seu Estado para criar uma surreal instalação com calhas de ferro. (CF)


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