Cantor de influência clássica e pop é aposta britânica para 2007; no Brasil, o ano pode ser de Montage e Gui Boratto

O QUE esperar de alguém que lembra Freddie Mercury, Elton John, Prince, "Moulin Rouge" e atende por Mika?
Pois Mika vem aí. Apenas Mika -ele não divulga o nome verdadeiro. Mika tem 23 anos, nasceu em Beirute, no Líbano e, ainda criança, mudou-se para Paris para fugir de guerra que atingia o país. Na época em que o pai chegou a ser feito refém na embaixada americana no Kuait, mudou-se para Londres com a mãe. Estudou música clássica e canto, mas gostava de música pop e disco.
Essas referências estão em sua estranha música, que começa a chamar a atenção da imprensa e das gravadoras européias.
As canções de Mika são feitas ao piano. Sua voz, normalmente em falsete, é usada para retratar letras que lembram desde Grace Kelly (em... "Grace Kelly") até a história de um homem que deixa a mulher para assumir um romance gay.
Mika já foi motivo de matéria do "Guardian", está fazendo o circuito independente de shows britânicos e em janeiro lança "Grace Kelly", single que antecede o álbum de estréia, "Life in Cartoon Motion" -a gravadora Universal ainda não sabe se lança o disco por aqui.
No www.myspace.com/mikamyspace dá para ouvir as citadas "Grace Kelly" e "Billy Brown" além da ótima "Relax (Take it Easy"). Na Inglaterra, Mika é aposta para estourar em 2007. Será? Além do estranho Mika, o ano que vem verá finalmente a chegada do disco dos Klaxons. Principal representante da chamada new rave, a banda já causa burburinho alto na internet e é dona da ótima "Golden Skans".
Deve sair apenas em março, mas tendo por base "All My Friends", "Get Innocuous" e "New York New York", que já estão na rede, "Sound of Silver", do LCD Soundsystem deve ser mesmo um dos principais lançamentos de 2007.
Pelo Brasil, não sei se dá para o CSS e para o Bonde do Rolê tornarem-se maiores do que já são, mas quem deve crescer bastante é o trio cearense Montage, que em fevereiro coloca nas lojas o disco de estréia. Electro, rock, pop...
E, na eletrônica, ninguém deve aparecer mais do que o paulistano Gui Boratto, que em fevereiro lança o álbum "Chromophobia" pelo selo alemão Kompakt.