São Paulo, terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Sucesso empalidece humor dos Farrelly

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não é à toa que o francês Eric Rohmer considera o sucesso a pior prisão.
Parece ser o caso, hoje, dos irmãos Bobby e Peter Farrelly, que arejaram o humor do cinema no fim do século com filmes como "Débi e Loide", produziram gags visuais realmente memoráveis e lançaram a carreira de bons atores.
Ao cruzar o século, porém, são tantos os filmes que fazem que sua inventividade parece declinar de maneira acentuada.
A maior evidência disso se chama "O Amor É Cego" (FX, 22h; 12 anos), em que trabalham com Jack Black e Gwyneth Paltrow, a estrelona.
Ele é um rapaz sem talento para pegar garotas. Mas uma bonitona acaba se apaixonando por ele. Saberemos em seguida que ela não é bem aquilo que ele vê. O provérbio do filme seria "quem ama o feio bonito lhe parece".
Mas a maldade implícita no ditado é excluída: no filme da dupla, o amor realmente produz beleza.
Pode ser até verdadeiro, mas só serve para criar um humor meio empalidecido.


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