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Mostras reúnem filmes raros sobre São Paulo
Programação da Cinemateca e do MIS inclui ainda debates e sessões ao ar livre
Filmes mudos e sonoros do ciclo retratam diferentes aspectos do cotidiano da cidade nas primeiras décadas do século passado
DA REPORTAGEM LOCAL
A Cinemateca Brasileira e o
MIS (Museu da Imagem e do
Som) garimparam raridades de
seus acervos sobre São Paulo e
as reuniram em mostras para
comemorar os 453 anos que a
cidade completa nesta quinta.
A programação especial da
Cinemateca poderá ser vista a
partir de hoje, com a exibição,
ao ar livre e com acompanhamento musical, de filmes mudos e sonoros que retratam diferentes aspectos do cotidiano
da cidade nas primeiras décadas do século passado. A entrada é franca.
Do programa a ser exibido a
partir das 20h45 consta "Ipiranga", filme realizado em
1922, sobre a construção do
parque do Ipiranga, além de
dois outros títulos: "São Paulo
em 24 Horas" (1934) e "São
Paulo de Ontem 1863... e São
Paulo de Hoje 1943" (1943), de
Benedito Junqueira.
Às 22h, também com acompanhamento musical, será projetado outro conjunto de filmes, incluindo o que registra a
chegada a São Paulo, no dia 26
de fevereiro de 1929, dos jogadores brasileiros que haviam
vencido a seleção do Uruguai,
dois dias antes, em partida no
Rio. Essa programação será
exibida também no Museu
Paulista da USP, nesta sexta.
Amanhã, a mostra, chamada
de "São Paulo: Imagem e Multiplicidade", traz sessão especial
em pré-estréia de "Os 12 Trabalhos", segundo longa do diretor
paulista Ricardo Elias, às 19h,
seguida de debate com o tema
"São Paulo: Cidade em Trânsito", a partir das 20h30.
Participam do encontro,
além do cineasta, os professores Arthur Autran e Mauro
Luiz Peron e o jornalista e colunista da Folha Gilberto Dimenstein.
Atenta à participação dos
imigrantes na formação da cidade, a Cinemateca Brasileira
promove também o Festival
das Nações, com a exibição de
filmes de diversos países, de
hoje até domingo.
Entre os títulos que poderão
ser vistos gratuitamente na Sala Cinemateca estão o israelense "Free Zone" (Amos Gitai), o
chinês "Lanternas Vermelhas"
(Zhang Yimou) e o português
"Non, ou a Vã Glória de Mandar" (Manoel de Oliveira).
No MIS, a mostra "Acervo
em Cartaz" começa na quinta e
se estende até 4 de fevereiro,
com sessões diárias, exceto na
segunda. O destaque é a exibição de "A Margem" (1967), de
Ozualdo Candeias, que aborda
a miséria nas margens do rio
Tietê, por meio do romance de
dois casais moradores do local.
"Acervo em Cartaz" traz
também uma seleção de curtas-metragens que tematizam
a cidade ou têm nela um de
seus personagens, como "Dov'é
Meneghetti" (1989), de Beto
Brant, e "Rota ABC" (1991), de
Francisco Cesar Filho. No MIS,
os ingressos custam R$ 4 e R$ 2
(meia-entrada).
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