São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

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Rourke chora e diz palavrão ao vencer no Spirit Awards

Premiação do cinema independente, ocorrida anteontem nos EUA, consagra protagonista do drama "O Lutador"

Em seu discurso de agradecimento, ator lembrou a polícia de Santa Monica, que o ajudou quando estava na miséria


DO ENVIADO A LOS ANGELES

No sábado à tarde, em seu discurso de agradecimento pelo prêmio de melhor ator do Spirit Movie Awards, por conta de seu papel em "O Lutador", Mickey Rourke, 56, falou palavrão e chorou, ao dedicar o troféu a Loki, um de seus cães chihuahua, que morreu recentemente. O prêmio, que é chamado de o "Oscar" do cinema independente, somente aceita filmes com orçamento de até US$ 20 milhões -fortuna para os padrões brasileiros, soma modesta para os hollywoodianos, ao menos assim era até a crise.
"O Lutador" foi o grande vencedor da noite, levando também o prêmio de melhor filme. O longa narra história de um ídolo decadente de luta livre que arrisca saúde e vida por mais um segundo de glória e que lembra a trajetória do próprio Rourke.
O ator chegou ao primeiro time nos anos 80 e, por conta de decisões e papéis errados e intervenções cirúrgicas que o desfiguraram, flertou com a miséria nos últimos anos. Literalmente: no discurso de agradecimento, ele lembrou a polícia de Santa Monica, onde acontecia a cerimônia, por ter ajudado a achar um abrigo para o ator passar a noite, quando não tinha onde morar.
"O Lutador" levou ainda filme e direção de fotografia. Os outros premiados reforçaram a noção de que o Spirit e o Oscar estão cada vez mais parecidos, tanto pelo divórcio do primeiro com sucessos de bilheteria como pela proliferação no segundo dos selos "de arte" dos grandes estúdios, que bancam produções menores mas recheadas de famosos, o que desvirtua o, digamos, espírito do prêmio.
Assim, saíram vencedores gente como Penélope Cruz (atriz coadjuvante) e Woody Allen (roteirista), que não deu as caras, por "Vicky Cristina Barcelona"; James Franco (ator coadjuvante) por "Milk -A Voz da Igualdade" e Charlie Kaufman, por sua estreia na direção em "Synecdoche, New York". (SÉRGIO DÁVILA)


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