São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2000


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Paulo Coelho recebe insígnia na França

FÁTIMA GIGLIOTTI
de Paris

Foi com os olhos cheios de lágrimas que o escritor Paulo Coelho recebeu ontem, das mãos do editor francês Robert Laffont, a insígnia de Cavaleiro da Legião da Honra, por sugestão do presidente francês Jacques Chirac.
Criada por Napoleão Bonaparte em 1802, a insígnia já foi também atribuída ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "Foi muito emocionante o carinho dessa homenagem, principalmente porque recebi a condecoração das mãos de Laffont", afirmou Coelho após a cerimônia.
Coelho conta que Laffont, um dos mais importantes nomes do mercado editorial francês, recusou o original de "O Alquimista", "porque estava em português e a única pessoa que podia ler era um evangélico, que não indicou a compra. Depois, com o lançamento do livro nos Estados Unidos, em 93 -"esse é o problema com a língua portuguesa"-, a filha de Laffont, a editora Anne Carrière, aceitou a empreitada. Já são 4.756.000 volumes vendidos dos livros de Coelho.
"Estou sensibilizado com a honra que me deu o presidente da República", muito importante para um escritor que foi influenciado por franceses como Saint-Exupèry, Balzac, Camus e Sartre.
Para Coelho, o percurso do letrista de Raul Seixas a Cavaleiro da Legião de Honra "faz sentido". "Vivi escrevendo, sendo escritor, de letras de música, em jornal, até romper o meu medo e escrever o primeiro livro", afirmou.


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