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Paulo Coelho recebe
insígnia na França
FÁTIMA GIGLIOTTI
de Paris
Foi com os olhos cheios de lágrimas que o escritor Paulo Coelho
recebeu ontem, das mãos do editor francês Robert Laffont, a insígnia de Cavaleiro da Legião da
Honra, por sugestão do presidente francês Jacques Chirac.
Criada por Napoleão Bonaparte
em 1802, a insígnia já foi também
atribuída ao presidente Fernando
Henrique Cardoso. "Foi muito
emocionante o carinho dessa homenagem, principalmente porque recebi a condecoração das
mãos de Laffont", afirmou Coelho após a cerimônia.
Coelho conta que Laffont, um
dos mais importantes nomes do
mercado editorial francês, recusou o original de "O Alquimista",
"porque estava em português e a
única pessoa que podia ler era um
evangélico, que não indicou a
compra. Depois, com o lançamento do livro nos Estados Unidos, em 93 -"esse é o problema
com a língua portuguesa"-, a filha de Laffont, a editora Anne
Carrière, aceitou a empreitada. Já
são 4.756.000 volumes vendidos
dos livros de Coelho.
"Estou sensibilizado com a honra que me deu o presidente da
República", muito importante
para um escritor que foi influenciado por franceses como Saint-Exupèry, Balzac, Camus e Sartre.
Para Coelho, o percurso do letrista de Raul Seixas a Cavaleiro
da Legião de Honra "faz sentido".
"Vivi escrevendo, sendo escritor,
de letras de música, em jornal, até
romper o meu medo e escrever o
primeiro livro", afirmou.
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