São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

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crítica

"Cinema, Aspirinas..." alia estranhezas

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Durante a Segunda Guerra, um alemão de nome Johann viaja pelo Nordeste brasileiro mostrando filmes e vendendo aspirinas. Uma coisa vai com a outra: a imagem do cinema vende a certeza da cura para a dor. No caminho, o alemão encontra o brasileiro Ranulpho, com quem faz amizade. Um brasileiro falador, diga-se, que passa a acompanhá-lo. Estamos em "Cinema, Aspirinas e Urubus" (Canal Brasil, 22h), de Marcelo Gomes.
É um pouco estranho alinhar o que existe nesse filme: telas desmontáveis de cinema, sertão, consumo (inútil) de medicamentos, publicidade, o quê taciturno do alemão, o quê expansivo do sertanejo... Mas como isso se acumula? O que faz disso uma história? Me parece que a guerra é o que está por trás de tudo. Essa guerra que o nordestino mal sabe que existe, mas em função da qual o alemão vem bater neste canto do mundo. O filme poderia ser mais enfático a esse respeito, economizar um pouco a sutileza. Mas é um filme sólido.


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