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BUGGED OUT!
Som negro, latino e gay faz a redenção dos houseiros
DA REPORTAGEM LOCAL
"Eu estava lá bem antes
daquela música se chamar
house music" era a frase que saía
dos pick-ups de François Kevorkian, 48, quando o público da tenda Bugged Out! se rendeu a seus
pés pela primeira vez.
O DJ mais velho do festival, foi o
primeiro dos três medalhões da
house a tocar ali. K, Todd Terry e
Erick Morillo são os nomes mais
representativos do underground
do gênero.
O francês, que foi para Nova
York nos anos 70, mostrou em
duas horas de set por que atrai
gente do mundo todo para sua
noite, a Body & Soul. K troca
BPMs acelerados por levadas irresistíveis de baixo e vozes negras.
Faz o que ele define como NY underground: uma mistura de música negra, latina e gay. K aprendeu
a mixar no lendário clube Galaxy
21. Ali, aprendeu que valia tudo
para aumentar a emoção clubber.
Como DJ, é isso que ele preza:
em vez de malabarismos com
pick-ups, sobrepõe músicas, vozes e batidas como se tudo fizesse
parte da mesma faixa.
Depois do furacão Todd Terry, era a vez do
americano Erick Morillo segurar
o ritmo da pista. O "rei de Ibiza"
tocou house grooveado e muito
pop -que sempre foi sua marca
registrada. Não parou de dançar,
fez mixagens perfeitas. Lá pelo
fim, soltou uma versão de "Gipsy
Woman", aquela do "lalari-larurau". O que poderia ser uma flop
nas mãos de um DJ comum, nas
de Morillo virou ouro.
(CLAUDIA ASSEF)
François K:
Erick Morillo:
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