São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 2002

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BUGGED OUT!

Som negro, latino e gay faz a redenção dos houseiros

DA REPORTAGEM LOCAL

"Eu estava lá bem antes daquela música se chamar house music" era a frase que saía dos pick-ups de François Kevorkian, 48, quando o público da tenda Bugged Out! se rendeu a seus pés pela primeira vez.
O DJ mais velho do festival, foi o primeiro dos três medalhões da house a tocar ali. K, Todd Terry e Erick Morillo são os nomes mais representativos do underground do gênero.
O francês, que foi para Nova York nos anos 70, mostrou em duas horas de set por que atrai gente do mundo todo para sua noite, a Body & Soul. K troca BPMs acelerados por levadas irresistíveis de baixo e vozes negras. Faz o que ele define como NY underground: uma mistura de música negra, latina e gay. K aprendeu a mixar no lendário clube Galaxy 21. Ali, aprendeu que valia tudo para aumentar a emoção clubber.
Como DJ, é isso que ele preza: em vez de malabarismos com pick-ups, sobrepõe músicas, vozes e batidas como se tudo fizesse parte da mesma faixa.
Depois do furacão Todd Terry, era a vez do americano Erick Morillo segurar o ritmo da pista. O "rei de Ibiza" tocou house grooveado e muito pop -que sempre foi sua marca registrada. Não parou de dançar, fez mixagens perfeitas. Lá pelo fim, soltou uma versão de "Gipsy Woman", aquela do "lalari-larurau". O que poderia ser uma flop nas mãos de um DJ comum, nas de Morillo virou ouro. (CLAUDIA ASSEF)


François K:     
Erick Morillo:     




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