DO ENVIADO ESPECIAL A CANNES

O diretor brasileiro-americano Antonio Campos, 21, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem da mostra Cinéfondation, no Festival de Cannes, com o filme "Buy it Now" (Compre Agora), sobre uma garota de 16 anos que vende sua virgindade pela internet.
Campos é filho do jornalista Lucas Mendes e de mãe americana. Nasceu em Nova York, onde estudou cinema. Começou a filmar aos 13 anos e já fez 30 curtas. Quer agora partir para os longas.
"Depois que você ganha [em Cannes], acontece uma coisa doida. Ninguém viu o seu filme, mas todos acham você brilhante", diz, com leve sotaque americano. "Falo português como índio."
O diretor diz que, se fosse filmar no Brasil, iria abordar a classe média. "Os cineastas brasileiros preferem filmar favelas. Eu faria algo sobre a classe média, que faz parte da minha experiência e que ninguém filma no Brasil."
No festival, seu filme foi inscrito como proveniente dos EUA. Pelo Brasil, concorria, entre os 18 curtas, "O Lençol Branco", de Juliana Rojas e Marco Dutra.
Foram reconhecidos pelo festival os longas brasileiros "Cidade Baixa", de Sergio Machado (Prêmio da Juventude), e "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes (Prêmio da Educação Nacional). Ambos concorriam na mostra Um Certo Olhar. "Pelé Eterno", de Anibal Massaini, recebeu o prêmio Città di Roma.


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