Nas bancas no próximo domingo, livro-CD traz obra do músico baiano

Autor de "Marina" e "Só Louco", Caymmi é influência fundamental para gerações seguintes da música baiana

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Compositor de canções sobre a poética e o jeito baiano, cantor poderoso e influência para várias gerações de músicos baianos, Dorival Caymmi está no 12º volume da Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira, nas bancas no próximo domingo. "Saudades de Itapoã", "Só Louco" e "É Doce Morrer no Mar" são algumas de suas músicas mais conhecidas. Nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, Caymmi foi criado no meio de músicas típicas da região e sob a influência do rádio.

FOLCLORE
Jovem, ele já mostrava talento como compositor e cantor. Em1934, formou o Três e Meio, inspirado no Bando da Lua, e se apresentou em programas das rádios Clube e Sociedade. Quando embarcou para o Rio, em 1938, levava na bagagem canções modernas, mas com influências do folclore baiano. Logo no ano seguinte gravou com Carmen Miranda o sucesso "O que É que a Baiana Tem?", para o filme "Banana da Terra", e em pouco tempo era um astro.

DISCÍPULOS
Muito interpretado por nomes como os Anjos do Inferno, gravou discos solo em 78 rpm e LPs de dez polegadas nos anos 1940 e 1950. Nessa década, viu um de seus discípulos, João Gilberto, revolucionar a música brasileira com a bossa nova. Em seu ritmo de composição baiano, lento e de alta qualidade, continuou lançando discos e ocasionais canções inéditas até perto de sua morte, em 2008. O autor do livro sobre Dorival Caymmi é o compositor e documentarista Aluisio Didier e o volume traz biografia, discografia, letras e fotos. O CD acompanhante vem com "O que É que a Baiana Tem?", com Caymmi e Carmen Miranda; "Marina", com Dick Farney; "Maracangalha", com Tom Jobim; e "Samba da Minha Terra', na voz de Elza Soares, entre outras músicas.


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