DA REPORTAGEM LOCAL

Há 17 anos, invariavelmente sob rigoroso inverno, Canela, cidade gaúcha a duas horas de Porto Alegre, abriga o seu Festival Internacional de Teatro de Bonecos.
A diretora-geral do evento, Marina Gil, diz que "o segredo é casar bons espetáculos com o charme do fondue e a estrutura turística".
A edição deste ano, que acontece de hoje a domingo, apresenta seis espetáculos internacionais e cinco nacionais.
Entre os estrangeiros, está "D.A.V.E", com o artista australiano Klaus Obermaier. Ele dá tratamento surreal ao espetáculo no qual imagens são projetadas em seu corpo e manipuladas pelo próprio artista. A Cia Quade & Paiva, da Holanda, traz "Angel", criação do brasileiro Eduardo de Paiva Souza (ex-Quasar Cia. de Dança), radicado naquele país, e do artista holandês Ulrike Quade.
Quem abre o festival hoje à noite, às 20h30, no teatro Municipal (com 600 lugares; há pelo menos mais duas boas salas, com mais de 200 lugares cada uma) é a companhia carioca Pequod, com "Filme Noir". O espetáculo narra a história de um fracassado detetive que se depara com uma cliente, cantora de jazz, que jura estar sendo perseguida. Durante a investigação, o próprio detetive também se vê perseguido.
Os demais grupos que se apresentam no festival são Cia. Trucks (SP), Cidade Muda (SP), Pia Fraus (SP), Ana Nunes (RS), Cia. Gente Falante (RS), Giba Gibão Jibóia (RS), Cie. des Chemins de Terre (Bélgica), Marc Schnittger (Alemanha) e Hugo & Inêz (Peru).
O festival é orçado em R$ 500 mil e tem curadoria de Lelo Silva e Adriana Focas, do Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Belo Horizonte -que, neste ano, fez intercâmbio com o Festival Internacional de Londrina. (VS)