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"Quasi" conjuga relações entre Anita Malfatti e Mário de Andrade
DA REPORTAGEM LOCAL
Anita Catarina Malfatti e Mário
Raul de Moraes Andrade quase
chegaram lá. Expoentes do Movimento Modernista da São Paulo,
dos anos 1920, a pintora e o escritor viveram uma grande amizade;
mas, se dependesse dela, cruzariam a linha da paixão.
O "silêncio das intenções", como diz a diretora Nany de Lima,
perpassa a relação de Malfatti
(1889-1964) e Andrade (1893-1945), mote do espetáculo "Quasi", em cartaz a partir de amanhã
no Centro Cultural São Paulo.
A primeira peça assinada pelo
escritor Albano Martins Ribeiro é
inspirada na correspondência de
Malfatti e Andrade, de 1921 a 1939,
reunida no livro "Cartas a Anita
Malfatti" (1989), organizado por
Marta Rosseti Batista.
"E se eles se encontrassem em
outro tempo e espaço, o que diriam um para o outro? Lavariam
roupa suja? Foi o que nos perguntamos", afirma a atriz Vanessa
Portugal, 22, que interpreta Malfatti. O papel de Andrade é vivido
por Chico Neto.
Além das cartas, a dramaturgia
de Ribeiro se permite intervenções ficcionais, permeando a história de cenas cômicas e propriamente dramáticas.
Parte de 1917, quando os artistas
se conheceram, e avança pela correspondência, encontros e desencontros.
A cenografia, por André Cortez,
dispõe os personagens em dois
nichos: o das cartas (folhas, envelopes) e o da pintura (telas). Invariavelmente, Malfatti e Andrade
invadem um o espaço do outro, e
vice-versa.
(VS)
Quasi
Quando: estréia amanhã, às 21h; sex. e
sáb., às 21h ; dom., às 20h. Até 7/8
Onde: Centro Cultural São Paulo - sala
Paulo Emílio Salles Gomes (r. Vergueiro,
1.000, Paraíso, tel. 0/xx/11/3277-3611)
Quanto: R$ 10 (R$ 1,50 no dia 15/7).
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