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Última Moda
ALCINO LEITE NETO
@ - ultimamoda@folhasp.com.br
O superpoder de Ricardo Almeida
O estilista preferido do presidente Lula abre neste ano uma faculdade
de moda em SP
O poder sempre ronda o estilista Ricardo Almeida. Durante
a campanha presidencial de
2002, foi ele o escolhido para
repaginar a imagem do então
candidato à Presidência Luiz
Inácio Lula da Silva -cuja rejeição por parte das mulheres
era enorme. "Trabalhamos para deixá-lo mais magro e mais
alto", conta Ricardo, que fez
duas dúzias de ternos para Lula. As eleitoras parecem ter
apreciado o novo look.
Recentemente, antes de uma
viagem ao Reino Unido, Lula
recorreu outra vez ao estilista.
Foram encomendados mais
três ternos -e, aproveitando o
reencontro, o Planalto enviou
para Ricardo os 20 e tantos feitos na campanha para serem
apertados. "O presidente está
mais magro", diz o estilista.
O sucesso com Lula chegou
até os marqueteiros de José
Serra, que foi levado como prefeito de São Paulo ao desfile de
Almeida na São Paulo Fashion
Week, em janeiro. Serra, que
não usa roupas do designer, ficou assombrado com o novo
shape mostrado no desfile, de
ternos justos e cinturados.
"Nos últimos cinco anos,
houve uma reconstrução da
roupa masculina. Os ternos ficaram mais secos, criando uma
imagem mais longilínea. Todo
mundo quer ficar mais alto e
esbelto", diz Almeida [leia nesta pág. qual é o terno da hora].
Ele, porém, não abriu mão dos
ternos mais convencionais em
suas duas lojas, nos shoppings
Iguatemi e Morumbi, onde os
preços vão de R$ 2.000 a R$
9.000, em média.
A fama de Ricardo Almeida
também soprou nos ouvidos do
presidente Evo Morales, da Bolívia, que resolveu contratar o
estilista e criar um convênio
para divulgar a roupa folclórica
de seu país. Conversa vai, conversa vem, estourou o caso da
nacionalização do gás -e Almeida desistiu dos bolivianos.
"Disse a eles que o incidente
era sério demais para o Brasil e
que eu não poderia pensar em
fazer algo no momento."
Mas não é apenas em Lula
que os brasileiros podem mirar
uma roupa de Ricardo Almeida.
Toda noite os espectadores de
"Belíssima" se deparam com
um terno da grife vestido pelo
ator Marcello Antony.
Fora a maldade, o personagem de Antony sintetiza a imagem que o estilista deseja irradiar: de poder, sucesso e muito
charme masculino. "Ao vestir
um bom terno, o homem passa
uma imagem de poderoso -e é
isso que fascina, porque as mulheres são seduzidas pelo poder", diz o estilista. Não é à toa
que o seu rol de clientes inclui
uma penca de grandes empresários e políticos.
Ricardo Almeida, 51, adora
esportes. "Pratico todos os que
posso. Só não faço basquete,
por causa de minha altura", diz
ele, que mede 1m68 e pesa 64
kg. Também coleciona carros e
motos. É casado duas vezes e
pai de cinco filhos. Sua filha
mais velha, Renata, 25, está
prestes a abrir uma grife de
roupas femininas. A empreitada é um dos xodós atuais do estilista, com outra: a Faculdade
de Moda Ricardo Almeida, que
ele vai inaugurar neste ano em
São Paulo e onde promete
transmitir os segredos de sua
poderosa alfaiataria.
Novo filme moderniza o uniforme do Super-Homem
O uniforme de Super-Homem é um dos ícones máximos da cultura pop e pouca
gente se arrisca a modificá-lo. "Superman - O Retorno",
que estréia no dia 14 de julho
no Brasil, moderniza sutilmente o modelão do Homem
de Aço, interpretado por
Brandon Routh.
O diretor Bryan Singer e a
designer Louise Mingenbach
aumentaram o tamanho da
capa vermelha e fizeram a insígnia com o "S" em alto relevo -e não mais pintada-, diminuindo seu tamanho e
aproximando-a mais do pescoço. Além disso, acrescentaram um "S" no cinturão,
que agora tende ao dourado.
As cores primárias também
foram abandonadas -os
tons de vermelho, azul e
amarelo são um pouco mais
escuros do que no passado.
A Folha perguntou a Ricardo Almeida se ele mudaria alguma coisa no uniforme do herói. "Nem pensar!
Seria como mudar a roupa
da Mona Lisa", respondeu o
estilista. "O azul significa o
céu, seu poder de voar e sua
relação com o espaço. O vermelho indica a força. As cores criam um equilíbrio forte, mas não agressivo. É a
roupa de um super-homem,
não de um executivo."
SELEÇÃO VUITTON
Foram necessários nada menos que sete tops e um astro do
rap para substituir a presença
poderosa de Gisele Bündchen
nas campanhas da Louis Vuitton. Os anúncios da temporada
outono/inverno da marca são
estrelados por Kate Moss, Naomi Campbell, Daria Werbowy,
Kristina Kruze, Missy Raider,
Du Juan e pela brasileira Raquel Zimmerman. Completando o time, o rapper Pharell Williams, que posou no melhor estilo cafetão.
LEILÃO ILUMINADO
A coleção de 25 luminárias
Dominici + Moda, que tem peças criadas por estilistas como
Ronaldo Fraga, Rita Wainer e
Adriana Barra, será leiloada na
segunda-feira, às 19h, no Museu da Casa Brasileira, em São
Paulo. O lance inicial de cada
peça é de R$ 1.500, e o dinheiro
arrecadado será doado à Fundação Abrinq.
COM VIVIAN WHITEMAN
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