São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007 |
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Viva o reacionário! Atacado pela esquerda e visto com reservas pela direita, Nelson Rodrigues é celebrado pela Flip e tem sua obra rediscutida
EDUARDO SIMÕES RAFAEL CARIELLO SYLVIA COLOMBO DA REPORTAGEM LOCAL O escritor Nelson Rodrigues (1912-80) ainda não encontrou o lugar que muitos avaliam que ele merece no cânone literário brasileiro. No teatro, teve reconhecimento imediato, e é de modo inquestionável o maior dramaturgo nacional. Sua obra em prosa, porém, apesar de reconhecida, até aqui não ganhou a mesma aprovação se comparada à de outros gigantes das letras nacionais, como Machado de Assis, Guimarães Rosa ou Graciliano Ramos. Autodenominado "reacionário", Nelson foi criticado pela direita por sua "amoralidade", e pela esquerda por ser anticomunista e afirmar que o problema do homem não se resolve com um prato de arroz e feijão. É para discutir o lugar de Nelson na literatura nacional que a Flip (Festa Literária Internacional de Parati), entre os dias 4 e 8 de julho, vai homenagear o "anjo pornográfico". Sua obra também ganha reedições e um lançamento insólito. A peça "O Beijo no Asfalto" virou uma história em quadrinhos, pelas mãos de Arnaldo Branco e Gabriel Góes. Texto Anterior: Horário nobre na TV aberta Próximo Texto: Vai pro cânone? Índice |
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