São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Viva o reacionário!

Atacado pela esquerda e visto com reservas pela direita, Nelson Rodrigues é celebrado pela Flip e tem sua obra rediscutida

5.abr.1977/Arquivo Folha
O dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980), autor de "Vestido de Noiva" e "A Falecida", entre outras peças


EDUARDO SIMÕES
RAFAEL CARIELLO
SYLVIA COLOMBO

DA REPORTAGEM LOCAL

O escritor Nelson Rodrigues (1912-80) ainda não encontrou o lugar que muitos avaliam que ele merece no cânone literário brasileiro. No teatro, teve reconhecimento imediato, e é de modo inquestionável o maior dramaturgo nacional. Sua obra em prosa, porém, apesar de reconhecida, até aqui não ganhou a mesma aprovação se comparada à de outros gigantes das letras nacionais, como Machado de Assis, Guimarães Rosa ou Graciliano Ramos.
Autodenominado "reacionário", Nelson foi criticado pela direita por sua "amoralidade", e pela esquerda por ser anticomunista e afirmar que o problema do homem não se resolve com um prato de arroz e feijão.
É para discutir o lugar de Nelson na literatura nacional que a Flip (Festa Literária Internacional de Parati), entre os dias 4 e 8 de julho, vai homenagear o "anjo pornográfico".
Sua obra também ganha reedições e um lançamento insólito. A peça "O Beijo no Asfalto" virou uma história em quadrinhos, pelas mãos de Arnaldo Branco e Gabriel Góes.


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