|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"A imprensa britânica é doente", diz Kay
da enviada a Londres
"Bad boy" do meio musical britânico, especialmente por falar o
que pensa e por sua aversão a jornalistas, Jason Kay, 29, virou celebridade. Seu nome atrai a mídia,
sua vida supera sua música.
Em uma entrevista para alguns
jornalistas brasileiros, no domingo
passado, em Londres, Kay, no entanto, brincou, riu, foi gentil.
Afirma que adorou o Brasil, onde
se apresentou em 97, e que o show
de "Synkronized" será "muito melhor, assim como o novo disco".
Sobre a atual perseguição que os
jornais ingleses têm feito a seu caso
com a atriz Denise van Outen, afirma: "Tem de haver uma linha entre a privacidade e a persona pública. Se você permitir que invadam
sua vida particular, não vai sobrar
nada para você".
Segundo ele, a imprensa britânica "é estúpida e doente". Cita como exemplo de mau jornalismo a
revista "Big Issue", para a qual
concordou fazer uma reportagem
de capa para ajudar pessoas carentes que ganham dinheiro distribuindo-a nas ruas de Londres.
"Puseram uma foto minha na capa com o título: "Ele fala da pobreza, mas vive numa mansão". Absurdo!", diz, tenso. "Revistas como
a "Hello" me ligam oferecendo grana para dar entrevistas. Não estou
interessado, não os quero na minha casa, fora!", emenda.
Também fala sobre a saída do
baixista Stuart Zender do grupo.
"É fácil a pessoa fazer carreira nas
suas costas, mas é injusto arrebentar depois com quem te apoiou."
Agitado, explica que Zender sumiu no meio das gravações do discos e que não ia deixar que "se beneficiasse com nosso trabalho duro". Por isso regravou todo o disco
após sua partida. E escreveu uma
música sobre a mágoa, "King for a
Day", de "Synkronized".
Liam Howlett, do Prodigy, iria
remixar "Supersonic", do novo álbum, mas foi impedido pela gravadora. "Entendo isso. A empresa
queria que ele se dedicasse a seu
próprio disco. É a maior pressão
nessa profissão. Elogiam teu trabalho, mas, se seu CD fracassa, você
está ferrado." No caso do Jamiroquai, que vendeu 7 milhões de cópias do álbum "Travelling without
Moving" (96), a pressão parece assustadora.
(ES)
Texto Anterior: De Jazzmiroquai a Jamiropop Próximo Texto: Cordas e discothèque embalam ambição Índice
|