|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"No Limite" volta com armas do "Big Brother"
Programa terá votação popular para decidir quem deixa isolamento no Ceará
Reality show, inspirado em "Survivor", mantém seu "clima inóspito, selvagem'; primeira edição foi exibida em 2000 pela Rede Globo
AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO
Se "No Limite" abriu caminho para os reality shows da TV
brasileira, é no modelo do "Big
Brother Brasil", seu "filhote",
que vai buscar apelo junto à audiência. No lugar dos "portais"
com voto secreto da edição original, "No Limite" terá agora
paredão com votação popular.
"Acho que o "BBB", durante
estes anos todos, deu um poder
ao público que não poderíamos
tirar", explica J.B. Oliveira, o
Boninho, diretor-geral do programa, que reestreia no próximo dia 30, na Globo.
Só o que não mudou desde a
primeira edição, lançada em
2000 pela emissora, é o que Boninho chama de "clima inóspito, selvagem". Os 20 participantes, com idades entre 25 e
45 anos, chegam nesta semana
ao litoral do Ceará, onde ficarão
65 dias isolados.
A produção até tentou manter o tradicional segredo que
paira em torno das "sedes" dos
realities, mas o endereço vazou.
"Reavaliamos o caso, as consequências da mudança e preferimos arriscar em permanecer",
conta o diretor.
Exceto pelo clima, diz Boninho, trata-se de um formato
inédito. Nas edições anteriores,
os programas eram gravados e
duravam cerca de 30 dias. Agora, a disputa será quase em
tempo real, com duas eliminações por semana até a final, no
dia 27 de setembro.
Às quintas-feiras e aos domingos, Zeca Camargo -que
apresentou as outras edições
do reality show- vai comandar
as votações em programas de
45 minutos, após "A Grande
Família" e "Fantástico". Nos
outros dias, além de três flashes
de um minuto na programação,
a Globo exibirá um boletim de
cinco minutos após o "Jornal
da Globo".
Bizarrices
Se o formato é novo, as provas mais bizarras, como aquela
em que os confinados tinham
de comer olho de cabra, somem
em 2009? Boninho é vago: "Na
China, come-se cachorro, escorpiões e outros bichos. Existem tribos na Amazônia que
comem bunda de formiga".
Para ele, "o que pode ser
anormal para uns é normal para outros, mas o melhor desses
"jogos" é que ninguém é obrigado a fazer nada, muito menos
bizarrices".
No quesito trash, aliás, a Globo tem com quem brigar: o reality show rural da Record, "A
Fazenda", disputou audiência
com programas globais, exibindo cenas em que um de seus
participantes, por exemplo, dava beijos numa égua no curral
cenográfico.
O diretor de "No Limite", no
entanto, não vincula essa concorrência à compra dos direitos
de "Survivor" (programa criado
nos Estados Unidos, com versões produzidas em outros países, que inspira o reality brasileiro). "Era um caminho natural", afirma Boninho.
Texto Anterior: Comida: O pão reencontra o queijo Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|