São Paulo, sábado, 23 de julho de 2011

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CRÍTICA

George Clooney é filósofo da ausência em 'Amor sem Escalas'

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "Amor sem Escalas" (TC Premium,15h45, 12 anos), existe um dado bem contemporâneo e americano, que são os especialistas em demitir pessoas. Bem americano porque lá existem especialistas para tudo mas também porque a recente crise, de 2008, criou o problema.
George Clooney é, no caso, o nosso homem. Alguns conflitos, todos bestas, se insinuam ao longo da trama. O essencial, o que talvez seja o aspecto universal do filme do diretor Jason Reitman, é o vazio satisfeito do protagonista.
O viajante de Clooney é um filósofo da ausência de bagagens física e mental: nada a carregar, nunca, eis sua orgulhosa divisa. Objetivo de vida: tornar-se um campeão de milhagem.
Admita-se: o nada do personagem contamina o filme. Bem ao contrário de duas obras-primas que também se podem ver hoje: "Taxi Driver" (VH1, 21h, 14 anos) e "Bonequinha de Luxo" (TC Cult, 19h50, livre).

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