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Ecad obtém liminar contra a Rede Globo
free-lance para a Folha
A juíza Márcia Capanema de
Souza, da 32ª Vara Cível do Rio de
Janeiro, concedeu ontem liminar
ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) determinando que a Rede Globo retire
de sua programação, em todo o
país, a execução de músicas, a
partir de ontem.
O contrato da Globo com o
Ecad para o pagamento de direitos autorais sobre a veiculação de
composições musicais terminou
no dia 30 de junho. Desde então,
vinham sendo discutidos os termos de um novo contrato, em
torno do qual não houve acordo.
Como a Globo continuou a veicular as músicas, o Ecad foi à Justiça.
A diretora de Relações Externas
da Globo, Mônica Albuquerque,
disse que o departamento jurídico da empresa vai entrar com recurso na Justiça nos próximos
dias e que, até lá, a programação
"continuará no ar sem alterações". O prazo legal para apresentação de recurso é de dez dias.
A liminar da 32ª Vara Cível prevê que, em caso de não-cumprimento da decisão, a TV Globo terá que pagar multa diária de 3.000
Ufirs, o equivalente a R$ 2.931.
A superintendente do Ecad no
Rio, Glória Braga, disse que o último contrato com a Globo previa o
pagamento de 0,6% sobre o faturamento bruto da emissora, que
foi de US$ 1,44 bilhão em 98.
Para renovar o contrato, o Ecad
propôs elevar o percentual para
2,5%. De acordo com a advogada
Carmen Kheirallah, esse é o índice previsto no regulamento de arrecadação da entidade, e também
o percentual médio praticado no
mundo inteiro. A Globo não concordou.
De acordo com o Ecad, a Rede
Bandeirantes e o SBT também estão em fase de renegociação de
contratos. Rede Record e CNT teriam diversas ações distribuídas
pelo país por não-pagamento de
direitos autorais, e a dívida da antiga Manchete chegaria a R$ 11
milhões.
(LETÍCIA KFURI)
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