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Projeto de Kassin e Berna Ceppas, banda tem despojamento como marca
DA REPORTAGEM LOCAL
Se Thalma de Freitas e Nina
Becker hoje reinam na ala feminina da Orquestra Imperial,
é porque Kassin e Berna Ceppas lhes emprestaram o cetro.
Revelados como produtores
de Los Hermanos e outros grupos badalados da cena carioca,
eles desenvolviam um projeto
de jam session eletrônica semanal em 2002 quando surgiu
a possibilidade de se apresentar
na extinta casa noturna carioca
Ballroom. Como a pedida eletrônica soava experimental demais, eles sugeriram que o lugar abrisse espaço para uma orquestra de gafieira.
A casa bancou a idéia, sem saber que a banda e o repertório
de que falava Kassin só existiam na cabeça dele. Em três
dias, ele correu sua agenda de
contatos de cabo a rabo e alistou Domenico Lancelotti, Moreno Veloso e Seu Jorge, entre
outros, para a estréia da big
band. Uma sucessão de "aparece lá" disparados pela turma
convocada por Kassin fez com
que, na primeira noite, houvesse mais gente no palco do que
na platéia.
Uma das poucas pessoas do
público era Nina Becker, amiga
de infância de Kassin, que apareceu para dar uma força e acabou entrando para a turma
mais tarde, quando Thalma de
Freitas viajou para a Espanha.
O boca-a-boca positivo do
que Rodrigo Amarante (do Los
Hermanos) já chamou de "bundalelê" garantiu o prolongamento da temporada, ao longo
da qual se integraram ao coletivo nomes como Rubinho e Nelson Jacobina, Pedro Sá (que
não estará no show de São Paulo, pois faz a turnê de "Cê" com
Caetano Veloso), Bartolo e outros. A meio tempo, saiu Seu
Jorge e entrou o veterano Wilson das Neves.
O despojamento foi a chave
para a continuidade da banda,
concordam os integrantes. "Já
fiquei com medo de que virasse
trabalho. Mas o que tinha que
virar, já virou: fazer mais
shows, lançar um disco."
(LN)
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