|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Scorsese aproveita bom elenco em "Sexy e Marginal"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Sexy e Marginal" (TC
Cult, 22h) não foi levado a sério
por aqui quando de seu lançamento, no começo dos anos 70,
por causa da tradução dada a
"Boxcar Bertha".
O título original refere-se a
uma garota que, nos tempos da
Depressão, em companhia de
um sindicalista, formará uma
dupla de foras-da-lei nos moldes de Bonnie e Clyde, com a
diferença de que estes últimos
mereceram um filme de grande
orçamento, enquanto aqui o dinheiro é curto e o diretor, Martin Scorsese, um novato.
Só que não se tratava de
qualquer novato. Aluno de Roger Corman, Scorsese sabia
muito bem tirar partido de orçamentos apertados e de dois
atores talentosos, como Barbara Hershey e David Carradine.
No mais, Barbara Hershey
era, sim, bastante sensual -a
seu jeito bem pessoal-, de maneira que o nome brasileiro do
filme não me parece absurdo,
ao contrário: tem força sonora,
ritmo, sugestão. Por preconceito, haverá quem deteste. Assim
é a vida.
Texto Anterior: Música: "Ensaio" recebe Benjamin Taubkin Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|