São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009

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TELEVISÃO

Crítica


"Assim Estava Escrito" revela lado cruel do cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Pode-se definir "Assim Estava Escrito" (TCM, 22h; 12 anos), para resumir, como o mais realista dos filmes sobre cinema. Ninguém se surpreenderá, portanto, que seja também o mais cruel. Tudo começa quando um produtor a perigo tenta reunir seu velho grupo: um diretor célebre, uma atriz famosa. Será que alguém dará força ao traste?
Porque é um traste esse Kirk Douglas do filme de Vincente Minnelli. É o que saberemos logo depois, no "flashback". Quando ainda candidato a produtor, Kirk trai o amigo, candidato a diretor, e faz o que pode e o que não pode para a jovem atriz, Lana Turner, se apaixonar por ele e ajudá-lo a subir.
E o que poderia compensar tamanhos desvios de caráter? A percepção de que o negócio dos sonhos, o cinema, tem um aspecto bem concreto, bem feio. É dessa feiura que se cria, de certo modo, o maravilhoso.


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