São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009

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Países cortejam China como nova potência

DO ENVIADO A XANGAI

O tema da Feira Universal é "Cidade Melhor, Vida Melhor", mas agradar à China parece ser o maior objetivo dos países representados na Xangai 2010. Vários pavilhões se esforçam em apresentar improváveis nexos entre sua cultura e tradições milenares chinesas.
O espaço mexicano será adornado com centenas de pipas, pois o brinquedo popular no México foi criado na China antiga. O pavilhão espanhol será revestido em vime, material muito usado nos dois países.
O pavilhão britânico terá o maior banco de sementes da flora selvagem do mundo, usando milhares de sementes da província chinesa de Yunnan -as plantas serão doadas depois à China.
Até a Suíça arranjou um ponto de contato com o gigante asiático. Seu enorme pavilhão, que lembra morros revestidos de vegetação, faz referência ao ying e yang do taoísmo -e fala da convivência entre o urbano e o rural, cara aos dois países.
Já os Emirados Árabes Unidos contrataram o britânico Norman Foster para fazer seu pavilhão em forma de duna.
Dentro dos espaços, vários países vão tentar mostrar seu ideal de cidade e práticas inovadoras de urbanismo. O pavilhão tcheco terá demonstrações de novas tecnologias em energia sustentável, transporte público e privacidade, usando como modelo a parte velha de Praga.
O da Coreia do Sul, além de mostrar uma Seul virtual do futuro, apresentará projetos de meio ambiente, moda, design, ecologia e até gastronomia.
O site da Expo Xangai, www.expo2010.cn, destaca 36 pavilhões e aponta na introdução de vários deles o que têm em comum com a China. O pavilhão do Brasil não consta ali.
Como uma debutante em seu baile de 15 anos, a China é cortejada pelos visitantes que querem se promover na futura maior potência mundial. (RJL)


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