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Países cortejam China como nova potência
DO ENVIADO A XANGAI
O tema da Feira Universal é
"Cidade Melhor, Vida Melhor",
mas agradar à China parece ser
o maior objetivo dos países representados na Xangai 2010.
Vários pavilhões se esforçam
em apresentar improváveis nexos entre sua cultura e tradições milenares chinesas.
O espaço mexicano será
adornado com centenas de pipas, pois o brinquedo popular
no México foi criado na China
antiga. O pavilhão espanhol será revestido em vime, material
muito usado nos dois países.
O pavilhão britânico terá o
maior banco de sementes da
flora selvagem do mundo,
usando milhares de sementes
da província chinesa de Yunnan -as plantas serão doadas
depois à China.
Até a Suíça arranjou um ponto de contato com o gigante
asiático. Seu enorme pavilhão,
que lembra morros revestidos
de vegetação, faz referência ao
ying e yang do taoísmo -e fala
da convivência entre o urbano e
o rural, cara aos dois países.
Já os Emirados Árabes Unidos contrataram o britânico
Norman Foster para fazer seu
pavilhão em forma de duna.
Dentro dos espaços, vários
países vão tentar mostrar seu
ideal de cidade e práticas inovadoras de urbanismo. O pavilhão
tcheco terá demonstrações de
novas tecnologias em energia
sustentável, transporte público
e privacidade, usando como
modelo a parte velha de Praga.
O da Coreia do Sul, além de
mostrar uma Seul virtual do futuro, apresentará projetos de
meio ambiente, moda, design,
ecologia e até gastronomia.
O site da Expo Xangai,
www.expo2010.cn, destaca
36 pavilhões e aponta na introdução de vários deles o que têm
em comum com a China. O pavilhão do Brasil não consta ali.
Como uma debutante em seu
baile de 15 anos, a China é cortejada pelos visitantes que querem se promover na futura
maior potência mundial.
(RJL)
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