São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011 |
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Violinista Joshua Bell se exibe hoje no Cultura Artística Itaim Músico americano se apresenta com o pianista Sam Haywood O violinista americano Joshua Bell, que toca hoje em São Paulo, durante apresentação ROBERTO KAZ DE SÃO PAULO O americano Joshua Bell, um dos mais conceituados violinistas da atualidade, se apresenta hoje ao lado do pianista Sam Haywood no teatro Cultura Artística Itaim. A dupla toca peças de Mozart ("Sonata para Violino em Si Bemol Maior, KV 454"), Schubert ("Fantasia em Dó Maior para Violino e Piano, Op. 159") e Grieg ("Sonata para Violino e Piano N° 2 em Sol Maior, Op. 13"). A apresentação, beneficente, é organizada pela União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes), que vai reverter a renda para seus projetos sociais. Cada ingresso custa R$ 750. Ainda há bilhetes à venda. Com carreira precoce -aos 14 se apresentou no Carnegie Hall, em Nova York-, Joshua Bell tornou-se conhecido também por desempenhar com talento o papel de showman. Fez aparições no seriado "Vila Sésamo" e no filme "O Violino Vermelho" (1998). Em 2009, gravou a trilha sonora de "Anjos e Demônios", filme de Ron Howard baseado no livro homônimo do escritor Dan Brown. O fato menos convencional no currículo de Bell, no entanto, ocorrera dois anos antes. Em 2007, a pedido do jornal "Washington Post", o violinista aceitou tocar seis peças, em horário de pico (começou às 7h51), numa estação de metrô da capital norte-americana. A ideia era descobrir se um virtuose consagrado (Bell), com um violino consagrado (um Stradivarius de 1713, orçado em quase R$ 5 milhões), tocando um autor consagrado (começou com a "Chaconna", de Bach), captaria a atenção do público em um cenário tão adverso. Para reforçar o anonimato, Bell vestiu calça jeans, camiseta de manga comprida e boné. Em 43 minutos, chamou a atenção de apenas 27 da 1.097 pessoas que atravessaram seu caminho. Ganhou US$ 32 (R$ 51) em gorjetas. Ele descreveu a situação assim ao "Washington Post": "Numa sala de concerto, fico perturbado quando alguém tosse ou um celular começa a tocar. Mas, ali, as minhas expectativas baixaram muito depressa. E comecei a receber com alegria o mínimo sinal de reconhecimento, até mesmo um olhar. E me sentia estranhamente agradecido quando alguém jogava US$ 1 na caixa, em vez de simples moedas". Em entrevista recente à Folha, o violinista, indagado sobre o montante recebido, declarou: "É algo respeitável. O pessoal fala que fui mal, mas não fui nada mal!". Na quinta-feira, Bell se apresenta em Belo Horizonte, com a Filarmônica de Minas Gerais. JOSHUA BELL E SAM HAYWOOD QUANDO Hoje, às 20h ONDE Cultura Artística Itaim (av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830 - Itaim) QUANTO R$ 750 (inclui bufê); ingressos podem ser adquiridos pelo email erika.silva@unibes.org.br e pelo 0/xx/11/3123-7333 Texto Anterior: Christian Tetzlaff, que esnobou Stradivarius, dirige Filarmônica Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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