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MÚSICA
Banda galesa toca no palco principal do Tim Festival; ingressos começam a ser vendidos na próxima segunda-feira
Super Furry Animals buscam "som único"
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
Das 40 atrações escaladas para
os três dias de Tim Festival, o Super Furry Animals é das poucas
-ou, talvez, a única- que não
causaria estranheza se encaixada
em qualquer um dos palcos do
evento carioca ou até mesmo entre algum DJ do after hours.
Oficialmente, o quinteto galês
toca no segundo dia do festival,
dia 31/10, na área principal, antes
de White Stripes e Rapture. OK.
Mas fica complicado amarrar a
um só rótulo a psicodelia-rock-soul-dance do grupo. Eles tocam
no Tim Stage, mas poderia ser no
Tim Lab, ao lado de Lambchop,
ou no after hours, junto de Peaches, ou mesmo no "jazzy" Tim
Club, com Shirley Horn.
"Quando estamos gravando,
nunca sabemos como o disco sairá, pois são muitas as referências",
diz à Folha, por telefone, de Cardiff, Gruff Rhys, 33, vocalista e líder dos Super Furry Animals, sobre o sexto disco da banda,
"Phantom Power", que ganha
lançamento nacional. "Estamos
caminhando para fazer algo único. Quando chegarmos lá, será a
hora de acabar com a banda."
Sempre elogiado pela crítica, o
Super Furry Animals avança em
sua missão de conquista de fãs
com "Phantom Power". O disco
conserva a multisonoridade característica do grupo, mas vem
também carregado de melodias
assobiáveis e "amigas de rádio e
MTV", como "Hello Sunshine" e
"Golden Retriever". Já "Liberty
Bell" é mais uma canção pop a cutucar a política externa norte-americana. "Há algumas referências ao 11 de Setembro no final da
música. Por décadas o imperialismo americano tem sido criticado
no mundo, e isso tem consequências na Grã-Bretanha. Pessoas como Tony Blair fazem qualquer
coisa que os EUA querem."
Um pouco menos sério: os
shows do Super Furry Animals,
além de animados, costumam ser
imprevisíveis. No último festival
de Glastonbury, na Inglaterra, a
banda tocou vestida de "abominável homem das neves". Rhys
afirma que os brasileiros verão
coisa parecida, mas não adianta o
quê. "Esperem o inesperado."
Ingressos
Os ingressos para o Tim Festival
começarão a ser vendidos na próxima segunda. Em São Paulo, podem ser adquiridos no Via Funchal (r. Funchal, 65) e no posto BR
do aeroporto de Congonhas (av.
Washington Luís, 5.955), ou pelo
site www.ticketronics.com.br.
Os ingressos para o palco principal, o Tim Stage, que abriga
4.000 pessoas, custarão entre R$
60 e R$ 80. Mas para assistir aos
DJs do after hours, que tocam no
mesmo local a partir das 2h, é preciso comprar outro bilhete (R$
30). Para o Tim Club, o preço é R$
80; para o Tim Lab, R$ 50.
PHANTOM POWER. Artista: Super Furry
Animals. Lançamento: Sony. Quanto: R$
30, em média.
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