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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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MÚSICA

Banda galesa toca no palco principal do Tim Festival; ingressos começam a ser vendidos na próxima segunda-feira

Super Furry Animals buscam "som único"

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Das 40 atrações escaladas para os três dias de Tim Festival, o Super Furry Animals é das poucas -ou, talvez, a única- que não causaria estranheza se encaixada em qualquer um dos palcos do evento carioca ou até mesmo entre algum DJ do after hours.
Oficialmente, o quinteto galês toca no segundo dia do festival, dia 31/10, na área principal, antes de White Stripes e Rapture. OK. Mas fica complicado amarrar a um só rótulo a psicodelia-rock-soul-dance do grupo. Eles tocam no Tim Stage, mas poderia ser no Tim Lab, ao lado de Lambchop, ou no after hours, junto de Peaches, ou mesmo no "jazzy" Tim Club, com Shirley Horn.
"Quando estamos gravando, nunca sabemos como o disco sairá, pois são muitas as referências", diz à Folha, por telefone, de Cardiff, Gruff Rhys, 33, vocalista e líder dos Super Furry Animals, sobre o sexto disco da banda, "Phantom Power", que ganha lançamento nacional. "Estamos caminhando para fazer algo único. Quando chegarmos lá, será a hora de acabar com a banda."
Sempre elogiado pela crítica, o Super Furry Animals avança em sua missão de conquista de fãs com "Phantom Power". O disco conserva a multisonoridade característica do grupo, mas vem também carregado de melodias assobiáveis e "amigas de rádio e MTV", como "Hello Sunshine" e "Golden Retriever". Já "Liberty Bell" é mais uma canção pop a cutucar a política externa norte-americana. "Há algumas referências ao 11 de Setembro no final da música. Por décadas o imperialismo americano tem sido criticado no mundo, e isso tem consequências na Grã-Bretanha. Pessoas como Tony Blair fazem qualquer coisa que os EUA querem."
Um pouco menos sério: os shows do Super Furry Animals, além de animados, costumam ser imprevisíveis. No último festival de Glastonbury, na Inglaterra, a banda tocou vestida de "abominável homem das neves". Rhys afirma que os brasileiros verão coisa parecida, mas não adianta o quê. "Esperem o inesperado."

Ingressos
Os ingressos para o Tim Festival começarão a ser vendidos na próxima segunda. Em São Paulo, podem ser adquiridos no Via Funchal (r. Funchal, 65) e no posto BR do aeroporto de Congonhas (av. Washington Luís, 5.955), ou pelo site www.ticketronics.com.br.
Os ingressos para o palco principal, o Tim Stage, que abriga 4.000 pessoas, custarão entre R$ 60 e R$ 80. Mas para assistir aos DJs do after hours, que tocam no mesmo local a partir das 2h, é preciso comprar outro bilhete (R$ 30). Para o Tim Club, o preço é R$ 80; para o Tim Lab, R$ 50.


PHANTOM POWER. Artista: Super Furry Animals. Lançamento: Sony. Quanto: R$ 30, em média.


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