São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

"A Bela Junie" alterna realismo e fantasia com desenvoltura

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Estranho destino, o de "A Princesa de Clèves": ninguém mais lê o livro (ou esse é apenas um fenômeno brasileiro?), mas rendeu duas belas adaptações recentes.
"A Carta", de Manoel de Oliveira, é o meu preferido. Mas "A Bela Junie" (TC Cult, 1h40, 14 anos) não passa vergonha. Tem a sabedoria de alternar um tanto de realismo e outro de fantasia, de modo a fazer um sentimento do século 18 (o amor impossível de uma mulher comprometida) se deixar afetar pelo século 21 com desenvoltura.
Talvez isso se deva aos personagens, em particular Léa Seydoux, Junie, e Louis Garrell, o professor Nemours.
Hoje não pesa nenhum interdito ao fato de trocar de namorado ou de se apaixonar pelo professor. Mas é a beleza do cinema, capaz de criar e envelhecer os critérios de verossimilhança.


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