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VINHO
Novas safras da Mitolo chegam ao país
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A Mitolo é uma adega de ponta australiana. Foi fundada em
1999 por Frank Mitolo, um descendente de imigrantes italianos dedicado à agricultura.
Em 2001, a empresa ganhou
um importante sócio: Ben
Glaetzer, também enólogo, que
assina grandes tintos em outras
cantinas do país, como a própria Glaetzer Wines.
Um ano depois da estréia dos
vinhos da Mitolo, a Casa Flora,
que os importa, lançou outros
exemplares da vinícola com novas safras dos rótulos já presentes no Brasil.
As duas novidades evocam as
raízes ligadas à bota. Uma é o
Jester Rosé 2007, um sangiovese -cepa estrela da Toscana-,
com agradável sabor cítrico e
de cerejas, bom corpo e acidez
(87/100, R$ 59,50). O outro é o
Serpico 2005, topo de gama da
casa, um cabernet sauvignon
elaborado como os Amarone do
Véneto, com uvas previamente
desidratadas para concentrar o
seu sumo. Ele é potente (framboesas, toques balsâmicos, de
uvas-passas e madeira), aveludado e longo (92/100, R$ 179).
Mas os favoritos foram dois
Jester edição 2006, densos e
macios: um shiraz (vivaz, muita
fruta, textura deliciosa) e um
cabernet (cassis, caramelo,
chocolate, geléias), mostrando
também uma das melhores relações custo-benefício entre os
rubros australianos no mercado (os dois 90/100, R$ 68,50,
todos na Casa Flora, tel.
0/xx/11/3327-5199).
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