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TELEVISÃO
Crítica
Estética fala mais alto com Zhang Yimou
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Os primeiros filmes de Zhang
Yimou que chegaram a nós não
só serviram para introduzir o
espectador brasileiro ao cinema chinês da China (isto é, não
de Hong Kong ou Taiwan), mas
traziam, em seu ataque à opressão da mulher, um deslumbramento pela heroína, Gong Li.
Não demorou muito para o
caráter esteticista de seu cinema se impor. Não me lembro do
nome de um filme passado numa tinturaria, mas não esqueço
que parecia tinturaria de musical da Metro (sem a Metro).
Quando chegamos a "O Clã
das Adagas Voadoras" (TC
Action, 22h; não recomendado
a menores de 14 anos) parece
não restar mais do que frufrus
francamente formalistas: parecem esses brinquedos encantadores que a China exportava,
os camelôs vendiam e não duravam mais que um dia.
O falso encanto também pode aparecer na retomada de
fórmulas. No caso, Jack Nicholson repete em "Alguém
Tem que Ceder" (TNT,
19h20, não recomendado a menores de 12 anos) o seu papel
em "Melhor É Impossível".
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