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Pinacoteca fecha andar para reforma e reduz obras expostas
Configuração será inaugurada em 2011, quando mostra passará de 800 para 500 trabalhos
Acervo era considerado excessivo, dizem curadores; projeto, pago pelo governo estadual, custará R$ 1,5 milhão
FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO
"O Porco" (1966), de Nelson Leirner, e "O Bicho"
(1961), de Lygia Clark, são
duas das 800 obras hoje dispostas no segundo andar da
Pinacoteca do Estado que serão desalojadas, a partir do
dia 14/11, para uma reconfiguração do espaço.
A nova diagramação será
inaugurada em abril do próximo ano.
"A mostra atual, organizada há 12 anos por Emanoel
Araujo, após a reforma de
Paulo Mendes da Rocha, é
muito boa, especialmente levando-se em conta que ele
contava com uma equipe
muito reduzida. Mas, após
várias consultas e pesquisas,
vimos que é necessário alterá-la", diz Marcelo Araújo,
diretor da Pinacoteca.
Das atuais 800 obras, a
mostra permanente passará
a contar com cerca de 500,
enquanto a abrangência das
obras na mostra também será reduzida: hoje vai do período colonial até a produção
dos anos 1960 e, na nova
configuração, irá apenas até
os anos 1920.
Nesse novo rearranjo entra
para o piso parte da coleção
Brasiliana, recebida pela
Fundação Educar.
"Segundo as pesquisas
que fizemos, a disposição
das obras era excessiva e o
público não conseguia dar
conta de tudo", conta Araújo, que, há quatro anos, com
toda a equipe da Pinacoteca,
contando seus sete curadores, se debruça sobre essa
questão.
"Esse é um projeto institucional importante. Primeiro
porque é a exposição de longa duração que dá a personalidade do museu, depois porque reuniu todas as áreas da
instituição, do educativo às
equipes de restauro", conta.
Segundo a nova configuração, obras importantes do
acervo que estão hoje no segundo andar e não se encaixam mais no perfil da nova
mostra permanente, como
"O Porco" e "O Bicho", devem ir, provisoriamente, para o primeiro andar.
Em dois anos, segundo
"previsões otimistas", como
define Araújo, o espaço expositivo do Liceu de Artes e
Ofícios, que recebe a Paralela, irá sediar as mostras temporárias da Pinacoteca.
Com isso, a Estação Pinacoteca ganha todo o quarto
andar, hoje dedicado a esse
tipo de exposição, e também
irá acolher uma mostra de caráter permanente, com o
acervo a partir dos anos 1920.
A médio prazo, ainda, seria inaugurado o novo prédio
da Pinacoteca, onde hoje fica
o colégio Prudente de Morais, com dedicação exclusiva à arte contemporânea.
O custo para a adequação
do novo projeto no segundo
andar é de R$ 1,5 milhão, totalmente custeados pelo governo do Estado.
Entre as melhorias, estão o
aprimoramento do piso e do
ar-condicionado, um novo
mobiliário e nova programação. Até abril, destaques do
segundo andar serão expostos em parte do primeiro.
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