|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA/ESTRÉIA
Chega ao país o fenômeno "Harry Potter": maior bilheteria de estréia da história
Truque milionário
GABRIELA ROMEU
DA REDAÇÃO
Chegou ao fim a contagem regressiva para a estréia de "Harry
Potter e a Pedra Filosofal". Trouxas (para os desavisados: pessoas
sem poderes mágicos) ansiosos já
podem ver o aprendiz de feiticeiro
a partir de hoje em 474 salas de cinemas brasileiros (283 cópias legendadas e 191 dubladas). É o recorde de estréia em número de salas no Brasil neste ano.
No fim de semana passado
-estréia do longa nos Estados
Unidos, na Inglaterra e no Canadá-, "Harry Potter" abocanhou
uma bilheteria de US$ 93,5 milhões. A produção de US$ 125 milhões foi a maior bilheteria de estréia de todos os tempos ("Jurassic Park 2", em 97, atingiu a cifra
de US$ 72,1 milhões).
No Brasil, a rede UCI vendeu
9.000 ingressos antecipadamente.
O número é irrelevante se comparado às 120 mil entradas vendidas
pela UCI inglesa semanas antes da
estréia do filme na Inglaterra.
"Mas aqui isso não é comum. Parece que, pela primeira vez, as
pessoas estão se programando
para ir ao cinema no Brasil", diz
José Carlos Oliveira, diretor-executivo da UCI Brasil.
Os números mágicos de "Harry
Potter" não param por aí: a adaptação do primeiro livro da série
best-seller (com mais de 100 milhões de cópias vendidas em 47
países) será exibida em 8.000 salas
no mundo. O longa será traduzido para mais de 40 idiomas.
O filme de 152 minutos traz a
história do menino-mago já contada inúmeras vezes: ainda bebê,
Harry Potter (interpretado pelo
londrino Daniel Radcliffe, 12) é
deixado na porta da casa dos
Dursley, na rua Alfeneiros, nº 4.
Em seu 11º aniversário, o garoto
que tem uma cicatriz em forma de
raio na testa recebe uma carta-convite para ingressar na Escola
de Magia e Bruxaria Hogwarts.
A partir daí, o feiticeiro começa
a desvendar sua verdadeira história: é famoso no mundo das varinhas mágicas e vassouras voadoras por ter sobrevivido às garras
de um bruxo das trevas (Voldemort, nome que não deve ser pronunciado). Em Hogwarts, Harry
vive aventuras com seus amigos:
o divertido Rony Weasley (Rupert Grint) e a sabe-tudo Hermione Granger (Emma Watson).
O diretor norte-americano
Chris Columbus, que tem no currículo filmes como "Esqueceram
de Mim" e "Uma Babá Quase Perfeita", diz que poucas sequências
filmadas ficaram fora do filme.
"Acredito que algo em torno de
dez minutos foi cortado. Isso deve
ir para o DVD", diz Columbus,
que passou quatro meses discutindo os detalhes do roteiro com a
autora escocesa J.K. Rowling.
Segundo o ator britânico Robbie Coltrane, Columbus passava
horas e horas explicando às crianças como deveriam ser feitas as
cenas. "É mais lento fazer filmes
com crianças, porque você não
pode trabalhar muitas horas seguidas e nunca dá para fazer uma
sequência de uma vez só", explica
o ator.
O garoto Radcliffe conta que
adorou fazer a cena em que conversa com uma cobra brasileira
no zôo. Harry, um dos poucos
bruxos que falam a língua das serpentes, ajuda o animal a fugir do
cativeiro. "Adoraria ter uma capa
da invisibilidade para ver a reação
das pessoas ao assistirem ao filme", fala o jovem ator.
Questionado sobre as inevitáveis comparações entre o livro de
Rowling e a adaptação para as telonas, Columbus tem uma resposta afiada: "Não estamos tentando fazer nada melhor do que o
livro. Digo para as pessoas lerem
o livro". E acrescenta: "Fizemos o
filme para toda a família".
Enquanto os fãs listam os trechos do livro que ficaram de fora
da adaptação, o elenco filma a sequência. "Harry Potter e a Câmara Secreta" deve contar com outro
britânico de peso: Kenneth Branagh no papel do canastrão Gilderoy Lockhart, professor de defesa contra as artes das trevas.
Texto Anterior: "Drum in Braz": Documentário mostra invasão brasileira do gênero em Londres Próximo Texto: Crítica: Faltam momentos mágicos ao filme Índice
|