São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 2006

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Crítica

Filmes mostram diferentes visões da alma feminina

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes, as mulheres sofrem. Hoje, duas vezes. Na primeira, com "Os Cafajestes" (Canal Brasil, 12h40) somos remetidos ao começo dos anos 60, quando existiam mulheres "para casar" e as outras.
Norma Bengell estava entre essas outras no filme de Ruy Guerra, o que permitia aos cafajestes do filme maltratar com requintes de sadismo -mais especificamente no que rendeu uma das seqüências mais célebres do cinema brasileiro, quando ela é deixada nua na praia.
Quando chegou a vez de "Thelma e Louise" (AXN, 22h), em 1991, a vida podia ser dura, ainda, mas ao menos as duas amigas, quando saem pelo mundo, sabem o que não querem, aquilo a que não podem transigir.
A mentalidade mudara o bastante para que, pelo menos, o conflito fosse estabelecido. O feminismo dava para elas defesas a tal ponto, que não é difícil notar o quanto o final do filme é demagógico.
Faz parte do jogo.


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