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O rei do Natal
Aberto ao público pela
primeira vez em mais de
30 anos, especial tem
samba, reggae e Bebel de
"Paraíso Tropical'
Divulgação/TV Globo
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Camila Pitanga com Roberto Carlos |
DA SUCURSAL DO RIO
No ano em que não lançou
CD e esteve envolvido numa
disputa judicial para vetar
uma biografia escrita por
Paulo Cesar de Araújo, Roberto Carlos não vai faltar à
festa de Natal. Depois de
amanhã, às 22h, como tem
acontecido há 33 anos, o Rei
será a atração musical do fim
de ano da Globo.
A gravação do especial
aconteceu na Arena do Pan,
no Rio, no início de novembro e, pela primeira vez, foi
aberta ao público. Resultado:
muita tietagem. As fãs de
meia-idade continuaram reinando, mas as filhas da geração da jovem guarda também
compareceram.
A começar pela principal
convidada: Camila Pitanga,
que "bombou" como Bebel
na novela "Paraíso Tropical".
A atriz fez dueto com Roberto em "Como É Grande o
Meu Amor por Você". E babou: "Vocês não têm noooçããão da emoção".
Embora preso a textos
prontos, alguns idênticos aos
do especial do ano passado
-como "Aí veio a noite, e, à
noite, vocês sabem... A gente
faz planos", antes de mandar
"Café da Manhã"- e com alfinetadas às já tradicionais
falhas de som, o cantor fez
suas graças. Brincou com ele
mesmo, dançou reggae com
Gilberto Gil e ainda sambou
com Alcione, que lançou, no
palco, um convite: "Quer casar comigo?". "Vamos nessa!", ele respondeu, rindo.
Tietagem
"Na primeira vez em que
fui ao show dele, fui meio
obrigada pela minha mãe.
Quando começou, sabia todas as músicas. Pensei: "Como assim eu sei as músicas
do Roberto Carlos?". Acho
que está no sangue", disse a
atriz Fernanda Paes Leme,
24, acompanhada por Nívea
Stelman, 32, e Daniele Winnits, 32, todas com os pais a
tiracolo na gravação.
"Ele é totalmente atual",
decretou a atriz Dira Paes,
apontando para o engarrafamento no entorno do local,
que já se formava duas horas
antes do início da gravação.
Para uma platéia com
9.000 pessoas, segundo a
Globo, o cantor fez questão
de mostrar o que seriam os
progressos de seu tratamento para superar o TOC
(transtorno obsessivo compulsivo). Durante anos, Roberto tem sido prisioneiro de
manias e deixou de cantar algumas de suas canções. Era o
caso de "Negro Gato", que ele
já havia incluído no especial
de 2006 e repetiu neste ano.
"Durante algum tempo
não cantei essa canção, não
sei por quê. Acho que a terapia está dando certo", disse,
sob aplausos do público.
Com Gilberto Gil pela primeira vez no especial, Roberto cantou "Eu Sou Terrível" e "Não Chores Mais (No
Woman No Cry)", versão do
ministro para a música de
Bob Marley. "O "ób-observando" eu deixei para ele, não
é fácil fazer", disse Roberto,
referindo-se a um dos trechos da letra.
Depois, acompanhado do
tradicional piano branco, de
sua banda e do maestro
Eduardo Lages, cantou "coisas ingênuas da jovem guarda, apesar de que naquela
época não éramos tão ingênuos". Logo a seguir, anunciou a entrada de Pitanga,
"uma atriz de "catiguria'".
Com um vestido longo
branco e declaradamente
nervosa, a atriz, grávida de
dois meses, não arriscou
muitos tons e agradeceu o
apoio da platéia, na qual estava sua madrasta, a secretária
estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do
Rio, Benedita da Silva.
"Jesus Cristo" não entrou
no repertório deste ano, que
foi fechado com "Luz Divina", depois de o Rei dividir o
palco com o grupo Roupa
Nova, que teve que repetir
duas vezes as músicas
"Whisky a Go Go" e "Se Você
Pensa" por desencontros da
banda e falhas do som.
(LUISA BELCHIOR)
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