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França tem boa presença na festa dos EUA
CRÍTICO DA FOLHA
Se no ano passado o México triunfou no Oscar, garantindo 12 indicações e
quatro prêmios com "Babel", "O Labirinto do Fauno" e "Filhos da Esperança", na cerimônia de hoje,
se há uma cinematografia
não-americana em destaque, ela é a francesa.
São, ao todo, sete indicações para produções da
França: três para "Piaf
-Um Hino ao Amor", uma
para a animação "Persépolis" e outras três para o
drama "O Escafandro e a
Borboleta" (já descontando, nesse último caso, a
quarta indicação do filme,
que foi para o diretor americano Julian Schnabel).
A presença de estrangeiros entre os indicados ao
Oscar não chega a ser novidade. Mas é fato que,
com a globalização das
produções e o crescimento
da importância do mercado estrangeiro para Hollywood, a freqüência de indicados de outros países
tem sido cada vez maior.
Esse ano, por exemplo,
alguns favoritos nas categorias principais não são
americanos. É bem provável que o inglês Daniel
Day-Lewis leve seu segundo Oscar como melhor
ator por seu desempenho
em "Sangue Negro". O espanhol Javier Bardem
("Onde os Fracos Não
Têm Vez") também é
apontado como provável
vitorioso na categoria de
melhor ator coadjuvante.
Entre as candidatas a
melhor atriz, a disputa está entre a britânica nascida na Índia Julie Christie
(por "Longe Dela") e a
francesa Marion Cotillard, pela sua atuação em
"Piaf - Um Hino ao Amor".
A australiana Cate Blanchett concorre duas vezes
-uma como melhor atriz,
por "Elizabeth - A Era de
Ouro", e outra como coadjuvante, por "Não Estou
Lá", em que é apontada como favorita.
Se forem contados os vizinhos canadenses, o índice de estrangeiros cresce
ainda mais com as indicações de Ellen Page (na categoria melhor atriz, por
"Juno"), Sarah Polley (indicada em melhor roteiro
original, por "Longe Dela") e Jason Reitman (melhor diretor, por "Juno").
Além de Bardem, a Espanha tem outro representante na categoria de melhor trilha sonora original,
que inclui entre seus concorrentes Alberto Iglesias,
por "O Caçador de Pipas".
(PB)
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