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TELEVISÃO
Apresentadora comemora seu triplo aniversário em clima "de gala"
Sala São Paulo vira "sofá" da Hebe
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sala São Paulo, templo da "alta cultura" musical de São Paulo,
foi transformada, na noite de anteontem, em um grande sofá. Não
um sofá qualquer, mas no sofá
mais famoso da TV nacional, o da
apresentadora Hebe Camargo.
O sofá da Hebe, como se sabe, já
entrou para a história da TV como o aparato em que a mais longeva show-woman brasileira recebe seus convidados para entrevistas, bate-papos, desabafos, discursos políticos, marketing, enfim, entretenimento em geral.
É, e sempre foi, uma fórmula de
sucesso, desde os tempos da extinta TV Record, passando pela
Bandeirantes e entronizada, há
quase duas décadas, no SBT de
Silvio Santos -aliás, devidamente incensado pela loira no programa de segunda-feira.
O local "chique" escolhido para
o evento de anteontem deveu-se a
tripla comemoração: 18 anos de
Hebe no SBT, 60 anos de Hebe na
vida artística (rádio, disco e TV) e
75 anos de Hebe entre nós.
O que se viu, portanto, foi uma
festa dita "de gala", com as mulheres -a começar por Hebe,
com seus tradicionais e extravagantes vestidos e jóias- de longo
e os homens, quase todos, de
smoking ou roupa escura.
Apesar de um pouco nervosa
pela grandiosidade do evento,
Hebe estava em casa e exercitou
toda a sua tarimba em explorar,
ao vivo, o humor, o inusitado e até
mesmo as gafes que ela mesma
comete para criar uma espécie de
cumplicidade amiga com os telespectadores. Assim foi que ela riu
de gargalhar ao cometer a seguinte frase, dirigida à primeira-dama
do Estado, Lu Alckmin: "A gente
tem muito orgulho do seu trabalho sexual. Opa, social!".
Hebe riu, a primeira-dama riu,
os espectadores riram, e ficou tudo em casa.
Ou ainda esta, dirigida em tom
maternal ao ministro-cantor Gilberto Gil: "Como você está magrinho! A sua filha, Preta, em compensação, está bem gordinha".
Celebridades mais ou menos célebres davam o "colorido" à platéia, e gente "de peso" do showbiz, como Rita Lee, Fernanda
Montenegro ou Marilia Gabriela,
testemunhou sobre a personalidade e a importância da apresentadora para a cultura nacional
-"O tempo é vassalo de Hebe",
asseverou Gabi.
A sempre necessária saia justa
foi garantida pelo tresloucado
cantor Supla, que ensaiou uma
desastrada defesa da mãe prefeita
diante do apresentador José Luiz
Datena. Fez o sucesso de sempre.
O "momento brega chique" foi
garantido pela cantora inglesa Sarah Brightman, misto de Celine
Dion com Mortícia Adams, convidada especial de Hebe.
E o "momento família" ficou a
cargo da cantora Maria Rita, filha
de Elis Regina -que em priscas
eras também freqüentou o sofá de
Hebe-, exibindo-se grávida de
vários meses. Teve direito a um
beijinho no barrigão, para enternecimento da platéia e do telespectador, que há muitas décadas é
fiel à apresentadora porque sabe
que de Hebe Camargo sempre virá uma gracinha.
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